22/08/2023
Guarapuava Segurança

Morte de Tiago completa 13 anos e caso ainda não foi elucidado

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Da Redação

Guarapuava – Uma execução ocorrida há 13 anos, em Guarapuava, ainda deixa uma mãe sem resposta sobre o que motivou o assassinato do seu filho e, principalmente, quem foi o autor dos disparos. Tiago Esteche Rocha foi morto no dia 21 de abril de 2014. Seu corpo foi encontrado no dia 22 de abril, na Serra do Cadeado, na PR 170, estrada que dá acesso ao distrito de Entre Rios, interior de Guarapuava. LEIA AQUI

O corpo apresentava indícios de execução. De lá para cá, o inquérito passa por um "vai e vem" entre a delegacia de polícia e o Ministério Público. O último delegado a presidir as investigações foi Italo Biancardi Neto, mas ele deixou a chefia da 14ª Subdivisão Policial há anos.

A luta silenciosa da mãe e demais familiares de Tiago nunca parou. “Não sabemos mais o que fazer e o nosso medo é de que crime prescreva. Na polícia, a única resposta que sempre temos é de que as investigações continuam. Mas até quando vai isso? Dezenas de pessoas já foram ouvidas, incluindo suspeitos e até agora não existe nada de concreto”, desabafa a mãe, Mariluz Esteche Rocha.

Várias hipóteses foram levantadas à época durante buscas, mas nenhuma foi confirmada.

Thiago era homossexual e chegou-se a especular a possibilidade de assassinatos em série provocados por homofobia. Hipótese que foi descartada pela polícia.

Meses antes, o jovem David Kulak foi morto e teve o corpo esquartejado. Os pedaços foram encontrados no Rio Pinhãozinho. Ele também era homossexual. O crime, sem elucidação, foi arquivado. “Não queremos que isso aconteça com o caso do Tiago. Somos cidadãos, pagamos impostos e temos o direito de obter uma resposta sobre o que levou uma pessoa a tirar a vida do meu filho, um jovem que trabalhava e que estudava, e que saiu de casa para se divertir e nunca mais voltou”, diz Mariluz.

Cristina Esteche

Jornalista

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