22/08/2023
Segurança

Morte de Tiago tem dois suspeitos. Um deles tem o chip do celular da vítima

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Já se passaram 7 anos da morte do jovem Tiago Esteche Rocha Cordeiro sem que a polícia tenha desvendado o caso, mas já existem dois suspeitos.  Um deles está com o chip do celular da vítima, cujo aparelho desapareceu quando da sua morte.  

O inquérito que soma dois volumes e centenas de páginas retornou do Ministério Público para a delegacia em 24 de outubro de 2011 e encontra-se nas mãos do delegado-chefe da 14ª. Subdivisão Policial, Ítalo Biancardi Neto para análise das ligações telefônicas feitas do celular de Tiago após a sua morte. “Pedimos a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos e agora vamos analisar as ligações”, afirmou o delegado à RSN.

Tiago foi assassinado em 21 de abril de 2004, o corpo jogado num barranco, na Serra do Cadeado, PR 170, que dá acesso ao município de Pinhão. Tiago foi morto com um tiro nas costas. De lá para cá, a família não se cansa de ir à polícia em busca de informações sobre o inquérito. “Não podemos deixar esse caso quieto. Quero saber quem matou o meu filho e porque”, diz Mariluz Esteche Rocha, mãe de Tiago.

“Desde que ele morreu nunca paramos de ligar no celular dele, cujo aparelho desapareceu, para ver se alguém atendia. Numa dessas vezes em que minha mãe ligou uma pessoa atendeu”, conta Mariluz. “Procurei a polícia e contei que o celular estava ativado e que talvez estivesse com o assassino do meu filho”, relata.

Após diversas investigações, a investigadora Sonia, junto com a escrivã Silete, então responsáveis pelo inquérito policial, conseguiram localizar a pessoa que estava usando o “chip” do aparelho celular de Tiago. Posteriormente, identificaram a pessoa que vendeu o aparelho, chegando assim, até um dos suspeitos pela co-responsabilidade do crime.

As investigações prosseguiram e mais um dos prováveis assassinos de Tiago foi localizado. De acordo com Mariluz, esses fatos aconteceram há cerca de um ano. Investigadores chegaram a ir a Curitiba, conversaram com familiares e com o próprio suspeito. O depoimento da sua sogra deixou uma brecha e aumentou ainda mais a suspeita. O ex-taxista não reside mais em Guarapuava.

“Se tudo isso já foi feito por que os suspeitos não foram indiciados ou presos? O que está faltando para que os culpados sejam punidos”? questiona a mãe.

De acordo com Biancardi Neto, o inquérito retornou do Ministério Público em outubro. No dia 9 de novembro foi solicitada a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos às operadoras TIM, Vivo e Claro. “Agora vamos ver o que há de relevante nessas informações”, afirma o delegado. Segundo Ítalo Biancardi Neto, o principal suspeito de ter matado Tiago teria dito a colegas taxistas e ao sogro que reside no Núcleo Tancredo Neves que teria “matado dois veados” em Guarapuava. Tiago era homossexual.
À época do crime o suspeito morava na Colônia Vitória, distrito de Entre Rios, onde durante a noite trabalhava como taxista.

Cristina Esteche

Jornalista

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