Movimentações políticas que moldam 2026

Com a proximidade das eleições de 2026, o cenário político no Paraná começa a ganhar forma. A sucessão do governador Ratinho Junior, que mantém índices elevados de aprovação, é hoje um dos temas centrais das articulações partidárias no estado.

No grupo governista, o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi, vinha sendo apontado como o nome mais forte para representar a continuidade da atual gestão. Com atuação de destaque no Legislativo e bom trânsito entre prefeitos, Curi consolidou espaço político ao longo dos últimos anos. No entanto, o secretário Guto Silva, aliado próximo de Ratinho Junior e figura influente desde a primeira eleição do governador, voltou a se movimentar com intensidade. A reaproximação com lideranças regionais e a retomada de protagonismo dentro do grupo indicam que ele pretende disputar esse espaço de liderança.

NA OPOSIÇÃO

Na oposição, três nomes se destacam neste momento. O primeiro é Enio Verri, atual presidente da Itaipu Binacional. Com atuação discreta, mas eficaz, Verri tem utilizado essa posição para fortalecer vínculos com prefeitos e com a Associação dos Municípios do Paraná, o que lhe confere capilaridade política e acesso direto às bases locais. A possível candidatura dele seria fortalecida pelo apoio institucional e pela liberação de recursos estratégicos para os municípios.

Outro nome que entrou no radar é o deputado estadual Requião Filho, que anunciou disposição de disputar o governo e prepara a saída do PT rumo ao PDT. Com o legado do sobrenome Requião e um discurso mais crítico à gestão atual, ele busca ocupar o campo da centro-esquerda, especialmente caso o campo progressista se fragmente.
Já o senador Sergio Moro aparece como líder em algumas pesquisas de intenção de voto. Com ampla visibilidade nacional e discurso voltado ao combate à corrupção, Moro atrai parte do eleitorado. Ma ainda enfrenta desafios para consolidar alianças locais e formar uma base política no estado.

A posição dele nas pesquisas demonstra potencial, mas a viabilidade dependerá da capacidade de manter relevância até o início oficial da campanha.

RINDO À TOA

Enquanto as articulações se intensificam, Ratinho Junior observa com tranquilidade. A decisão política, prevista para começar em abril próximo, poderá influenciar diretamente os rumos da sucessão estadual. No encontro marcado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, duas possibilidades estão em análise: disputar o Senado ou compor como vice em uma possível chapa presidencial de direita.

O fato é que a definição do governador deverá funcionar como um divisor de águas no processo sucessório. Até lá, os grupos políticos continuam em movimento, buscando posicionamento e estrutura para enfrentar uma eleição que promete ser altamente competitiva.

Ou seja, a sucessão no Paraná será diretamente influenciada pela decisão de Ratinho Junior. A escolha entre permanecer no governo até o fim do mandato ou buscar um novo espaço político terá impacto direto nas candidaturas da base aliada. Enquanto isso, a oposição se fragmenta em múltiplos nomes, com diferentes graus de competitividade e enraizamento regional.

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