Cristina Esteche
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) considerou positiva a manifestação de três dias com bloqueios em cinco rodovias, incluindo a BR 277, em Nova Laranjeiras. A interdição começou na segunda feira (05) e terminou nesta quarta feira (07), após a pauta de negociação ter sido aceita pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
De acordo com o MST, um ponto destacado foi a unificação de todos os acampamentos e assentamentos da região em torno da luta por reforma agrária. Outro destaque foi pautar o tema das obtenções de terra para assentamento de famílias acampadas em todos os níveis de governo. E, finalmente, parte significativa das reivindicações da pauta apresentada às autoridades foram atendidas.
Segundo o MST, duas áreas que estão sendo negociadas para obtenção por compra e venda, tiveram expedida a Ordem de Serviço para avaliação por técnicos do Incra.
Também foi agendada para dia 21 deste mês a vinda da presidente do Incra ao Paraná, para os devidos encaminhamentos e audiência com os representantes das famílias acampadas.
Em relação às áreas consideradas emblemáticas, as da Araupel, que são palco dos grandes acampamentos e cenário de conflitos, o Incra apresentou um plano composto por um conjunto de ações já com agenda definida almejando a obtenção para reforma agrária.
Entretanto, o MST assegura que as famílias acampadas continuarão mobilizadas, aguardando a realização dos compromissos assumidos pelo Incra, e “contra as constantes perseguições orquestradas pela empresa grileira Araupel”.
As áreas do grupo Zattar do município de Pinhão foram colocadas também como prioritárias, com o compromisso de agilização no procedimento por compra e venda ou outra forma de aquisição, tendo o Incra na ocasião autorizado equipe de técnicos a iniciar as avaliações.