segunda-feira, 5 de mai. de 2025
Em Alta Guarapuava Segurança

Mulher de 28 anos vivia em cárcere privado havia cinco anos

A mulher informou que o marido a agredia constantemente e que ela tinha medo de denunciá-lo e perder a guarda dos três filhos

Homem agride esposa com ripa e mordida no Boqueirão

Mulher é encontrada vivendo em cárcere privado há cinco anos (Foto: Arquivo/RSN)

Uma mulher de 28 anos estava sendo mantida em cárcere privado pelo marido, também de 28 anos, há cinco anos. A Polícia Militar (PM) registrou a ocorrência de lesão corporal nessa segunda (21) no bairro Morro Alto, em Guarapuava. A vítima informou para a PM que o marido a agredia constantemente e que ela tinha medo de denunciá-lo e perder a guarda dos três filhos.

A equipe policial recebeu uma denúncia via Copom informando que uma mulher estaria sendo mantida em cárcere privado. Além disso, também estaria sofrendo agressões causadas pelo marido. Assim que os policiais chegaram ao local, encontraram a vítima e perceberam que ela apresentava um corte na orelha, causado pelas agressões. No entanto, quando a equipe policial a questionou sobre os fatos, a mulher negava por conta da sogra e da cunhada estarem presentes do local.

Diante da situação, os policiais encaminharam a vítima, juntamente com os três filhos de seis meses, nove anos e 12 anos, até a delegacia para que ela pudesse dar maiores detalhes sobre os fatos. Dessa forma, a mulher relatou que o marido a mantinha sob cárcere privado há cinco anos. Informou também que sofria violência doméstica, física e psicológica. A equipe policial também percebeu que ela apresentava sinais de agressões antigas pelo rosto.

PEDIDO DE AJUDA E ASSITÊNCIA

Além disso, a mulher informou que tentou pedir ajuda por meio do envio de um e-mail que viu na televisão, e que recebeu visita de assistentes sociais. No entanto, devido ao estado de vulnerabilidade, acabava dispensando o auxílio e negando as agressões. Ela ainda revelou que tinha um grande receio de perder a guarda das crianças em caso de encaminhamento à assistência social.

Diante dos fatos, a vítima recebeu orientações sobre a rede de apoio que receberia da Polícia Militar, da assistência
social e também centro de referência em apoio à mulher (CRAM) para sair da condição que se encontrava. Dessa forma, a equipe policial acionou as assistentes sociais, as quais se fizeram presentes para prestar apoio à mulher.

Sendo assim, a vítima recebeu acolhimento do órgão assistencial até que a família dela, que mora em Irati, pudesse se fazer presente para dar o apoio necessário. Por fim, de acordo com informações do relatório oficial da PM, o marido da mulher não estava presente no local, pois estava trabalhando e retornaria à noite.

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Julia Sansana

Jornalista

Jornalista formada em 2024 pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro).

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