22/08/2023
Agronegócio

Mulheres continuam sendo vítimas da violência

A violência contra a mulher em Guarapuava continua engrossando as estatísticas do feminicídio e fazendo com que o município continue subindo no ranking desse tipo de crime. A morte de uma mulher na tarde de ontem, terça feira (15), com golpes de faca desferidos pelo próprio marido, chocou pela violência do caso. Aliás, outros cometidos contra mulheres em 2013 na cidade também não deixam de ser menos violentos. O próprio sistema já denota essa condição.

De acordo com o jurista e  coeditor do portal atualidades do direito.com.br. em artigo encaminhado a este blog, em 2011, de acordo com o Datasus, 4.512 mulheres perderam a vida violentamente no Brasil, 4,6 mortes para cada 100 mil mulheres, de acordo com o Censo de 2010.  Houve um crescimento de 1,05% em relação ao ano anterior. Segundo projeção feita pelo Instituto Avante Brasil, em 2013, 4674 mulheres perderão a vida de forma violenta. Nessa projeção, serão 389 mortes por mês, 13 por dia e uma por hora em 2013.

Segundo o jurista, desde 1980, quase 100 mil mulheres perderam suas vidas por meios violentos, segundo dados do Datasus. Entre 1980 e 2011 esse tipo de crime aumentou 4,2% ao ano em média. No ano posterior à criação da Lei Maria da Penha, em 2006, as taxas tiveram uma queda de 6,2%, contudo, no ano seguinte ela voltou a crescer 6,5% e continuou seu crescimento até 2011.O Sudeste é a região onde mais ocorrem essas mortes (34%), seguido do Nordeste (32%). A faixa etária com maior incidência de mortes violentas é dos 20 aos 39 anos.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão, em agosto de 2013, uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido.  O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados.

 

*Colaborou Flávia Mestriner Botelho, socióloga e pesquisadora do Instituto Avante Brasil.

  

Cristina Esteche

Jornalista

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