A grande comoção com a morte da biomédica Luciana Brandalise de 45 anos, chamou atenção para uma doença perigosa para mulheres jovens. Isso porque os principais fatores de risco incluem uso de anticoncepcionais, gravidez, puerpério, assim como distúrbios da coagulação, infecções, traumas na cabeça e certos tipos de câncer. Conforme o neurologista de Guarapuava, Gabriel André Silvério, as mulheres em idade reprodutiva são mais suscetíveis, fatores hormonais e reprodutivos aumentam a hipercoagulabilidade.
A Trombose Venosa Cerebral (TVC) é quando um coágulo de sangue bloqueia as veias que drenam o sangue do cérebro, o que pode causar inchaço e danos ao tecido cerebral. É uma doença incomum, representa 0,5-1 % de todos os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC’s). É necessário ficar atento a dores de cabeça fortes, dificuldades para falar, fraqueza em um lado do corpo, convulsões e alterações na visão. Ao notar algum desses sinais, procure atendimento médico imediatamente.
Para diagnosticar a doença, o paciente passa por diversos exames, como a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) com contraste. Além disso, um estudo vascular, como a angiotomografia venosa ou angiorressonância venosa ajudam a identificar com mais precisão os bloqueios nas veias cerebrais.
GRAVIDADE
No caso da biomédica, ela chegou ser internada e os exames de tomografia, ressonância e angiotomografia comprovaram se tratar de uma trombose venenosa cerebral. O quadro evoluiu rápido, levando à morte. No entanto, o neurologista Gabriel André Silvério afirma que a evolução da doença depende da gravidade da trombose.
A trombose venosa cerebral (TVC) geralmente não evolui tão rapidamente quanto uma hemorragia causada pelo rompimento de um aneurisma, por exemplo. Em alguns casos, a TVC pode ser menos grave e se manifestar apenas como uma dor de cabeça, dependendo da extensão da trombose. No entanto, há situações em que a TVC é mais extensa e pode evoluir rapidamente, causando complicações sérias como inchaço no cérebro, falta de oxigênio em áreas cerebrais, sangramentos, e, em casos extremos, levando à morte em poucos dias.
O tratamento inclui o uso de anticoagulantes para dissolver o coágulo e prevenir novos, além de medicamentos para controlar possíveis crises epilépticas. A escolha do tratamento depende do caso específico. A doença também pode causar complicações que podem levar à morte, tais como hemorragia, convulsões e danos ao cérebro.
O diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para prevenir essas complicações. Com o tratamento certo, muitas pessoas se recuperam completamente, mas algumas podem ter sequelas neurológicas, como fraqueza ou problemas cognitivos, a depender da extensão e localização da trombose.
PREVENÇÃO
A prevenção da Trombose Venosa Cerebral (TVC) não se limita só a fazer o ‘básico bem feito’, como levar um estilo de vida saudável. Além disso, é importante seguir o tratamento com anticoagulantes, abandonar o tabagismo e evitar fatores de risco como uso de hormônios que aumentam a chance da doença.
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