Neste Dia Nacional da Consciência Negra, uma pesquisa sobre violência contra mulheres negras no Brasil traz à tona um panorama alarmante. De acordo com números revelados pela Agência Brasil, nesta quarta (20), 85% das mulheres negras sem renda suficiente convivem com os agressores, evidenciando como desigualdades de raça, gênero e classe se entrelaçam na perpetuação de abusos. Essa realidade é agravada pela dependência econômica e pela presença de filhos menores, fatores que dificultam a saída de contextos violentos.
Em Guarapuava não se tem conhecimento se existe uma pesquisa que revele esses dados. Mas em nível nacional, e que serve como indicador, apenas 30% buscaram assistência de saúde após episódios graves. E 27% solicitaram medidas protetivas, mesmo nos níveis mais baixos de escolaridade, onde o índice de busca por ajuda legal é maior. Esses dados apontam para falhas estruturais nas redes de apoio, evidenciando que a violência contra mulheres negras é um problema interseccional de gênero, raça e classe.
Para romper o ciclo, são urgentes políticas públicas que garantam proteção, suporte financeiro e acesso a serviços de saúde e educação. A naturalização da violência, aliada à desigualdade histórica, reforça a necessidade de respostas institucionais mais eficazes e inclusivas.
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