“Estimativas apontam que a probabilidade de uma mulher morrer de infarto é 50% maior quando comparada aos homens”. A fala é do médico cardiologista Lucas Antonelli. Conforme o especialista, a suscetibilidade feminina à doença ocorre por conta de fatores hormonais, menopausa, menarca e gestação.
Além disso, mulheres possuem artérias coronárias mais estreitas que os homens, podendo aumentar a chance de infarto. Outro fator que aumenta o risco de doenças cardiovasculares é o uso associativo de pílula anticoncepcional com o tabagismo. Conforme Leandro Vasconcelos, cardiologista clínico do Hospital São Vicente Curitiba, mulheres que fumam têm mais chances de desenvolverem doenças no coração.
Nós vemos uma incidência muito grande de eventos cardiovasculares, como trombose, AVC ou até embolias pulmonares em mulheres jovens por causa dessa combinação.
No entanto homens também podem ter problemas no coração. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças já representam 30% do total de mortalidade no Brasil, principalmente em pessoas acima dos 40 anos.
SINTOMAS
O cardiologista Lucas Antonelli explica que os sintomas característicos de uma suspeita de infarto incluem dor torácica de forte intensidade. Conforme o médico, os indícios apresentam aperto ou queimação no peito, desencadeada por esforço físico ou stress emocional.
Outros sintomas podem estar presentes, como náusea, sudorese e falta de ar. Alguns grupos de pacientes, por exemplo os diabéticos, podem apresentar infarto com pouco ou nenhum tipo de sintoma, sendo classificado como infarto silencioso.
Dessa forma, Antonelli orienta que para evitar problemas cardiovasculares é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Sendo assim, o indicado é que as pessoas pratiquem atividades físicas, pelo menos 150 minutos por semana, ou 30 minutos por dia. Assim como os cigarros sejam evitados e que haja o monitoramento do peso, da pressão arterial e do colesterol.
CARDÍACOS PODEM TER UMA VIDA ‘NORMAL’
Por fim, o médico Lucas Antonelli esclarece que pessoas com problemas cardiovasculares não só podem, como devem, levar uma vida o mais próximo do normal possível.
Devem manter o acompanhamento regular com o cardiologista e dentro do quadro clínico será indicado o melhor tratamento e orientado se possui algum tipo de limitação para as atividades diárias.
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