O impasse gerado entre o município e o estado em torno da Agência do trabalhador em Guarapuava está prestes a ser solucionado. O convênio, que não foi renovado, há cerca de dois anos, já foi analisado pela Secretaria Municipal de Indústria e Comércio e encontra-se agora nas mãos do secretário municipal de Administração Ivanês Josefi.
A Agência do Trabalhador em Guarapuava está funcionando ilegalmente há cerca de dois anos desde que o ex-prefeito Fernando Ribas Carli deixou de renovar o contrato e dispensou os estagiários que prestavam serviço no local. O Escritório Regional da Secretaria do Trabalho e do Emprego, a quem a Agência é vinculada, também está sem titular desde a morte do ex-vereador Osdival Gomes da Costa. O ex-vereador Nélio Gomes da Costa assumiu a chefia, mas deixou o cargo entre agosto e setembro de 2011.
De acordo com o responsável pela Agência em Guarapuava, Arion Dangui, o secretário municipal de Indústria e Comércio, Sandro Abdanur já solicitou o convênio para análise e a expectativa é de que a parceria com a Prefeitura seja renovada.
Atualmente apenas cinco funcionários e dois estagiários contratados pelo Estado compõem a equipe e dão conta do trabalho como podem. A média diária de atendimento ao público está limitado entre 150 e 200 senhas. “Mais do que isso é impossível atender. Estamos esgotados, no nosso limite”, disse o atual responsável pela Agência, Arion Dangui à REDE SUL DE NOTÍCIAS. O horário de expediente da Agência é das 8 horas às 11h30 e das 13 horas às 15h30.
A demanda maior é pela entrada ao seguro desemprego. “Como as 12 agências existentes em municípios da região estão em férias coletivas as pessoas estão vindo a Guarapuava e isso aumenta o nosso trabalho e não estamos dando conta”, reclama Arion. A falta de atendimento gera a revolta dos trabalhadores que se alteram e agridem os funcionários. “Vamos pedir seguranças porque estamos correndo riscos”, adverte Arion. “Estamos conseguindo atender 50 pedidos de seguro desemprego por dia, mas a demanda é o dobro”, afirma.
Com poucos funcionários o atendimento na Agência do Trabalhador está restrito ao atendimento ao público. “Não temos telefonista, nem recepcionista. Por isso, reclamam do nosso atendimento, mas fazemos o que podemos. Precisamos no mínimo de 12 funcionários, se não houver a demanda para a emissão da carteira de Trabalho como se cogita fazer. Se isso acontecer precisaremos de mais funcionários”, diz. Hoje a Agência é responsável pelo seguro-desemprego, pela captação de vagas e pela intermediação da mão de obra no mercado formal de trabalho.
“A nossa esperança é de que o convênio com a Prefeitura seja reativado e que tenhamos melhores condições de trabalho para melhorar o atendimento ao público. Está havendo boa vontade por parte da nova administração municipal”, ressalta Arion.
"Vamos solucionar esse impasse em curto espaço de tempo", garantiu Sandro Abdanur.