Reserva do Iguaçu, Nova Laranjeiras e Pinhão estão entre os municípios que mais desmataram Mata Atlântica. Um relatório apontou que o Paraná aparece no terceiro lugar no ranking dos Estados do Brasil que mais destruíram florestas.
Os dados fazem parte do novo atlas divulgado no relatório da SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional Pesquisa Espacial (INPE). De acordo com o levantamento, ocorreram 2.883 hectares de corte ilegal em 2022, deixando o Paraná atrás de Minas Gerais e Bahia.
Parte do desmatamento no Paraná, ocorreu em Reserva do Iguaçu com a derrubada de 174 hectares, Nova Laranjeiras com 157 hectares e Pinhão, que teve a destruição de 139 hectares. Apesar desses dados, o relatório mostrou que o Paraná teve uma queda de 13% em áreas desmatadas em comparação ao ano de 2021.
Mesmo assim, o desmatamento continua preocupando as autoridades, que intensificam a fiscalização para combater o problema. Conforme o diretor executivo da Fundação S.O.S Mata Atlântica Luis Fernando Guedes Pinto, o impacto do desmatamento pode ser menor em relação ao ano anterior, mas ainda traz um grande efeito no meio ambiente.
É como a gente falar de um time que estava perdendo de 4 a 0 e agora está perdendo de 3 a 0. A gente está falando de uma sequência de 500 anos de devastação da Mata Atlântica e cada ano a gente perde um pedaço […] No Paraná e em Santa Catarina, temos esse efeito de pequenos desmatamentos que vão comendo as bordas das florestas, aos poucos comendo o pouco que sobrou na Mata Atlântica nessas Regiões.
Além disso, o atlas indica que o Brasil perdeu mais de 20 mil hectares de floresta no ano passado. Dessa forma, o desaparecimento sistemático da floresta coloca em risco os serviços ambientais. Por exemplo, a geração de energia elétrica e o fornecimento de água.
“Quando a gente corta a Mata Atlântica, a gente está cortando a água, está cortando energia elétrica, está comprometendo a comida, e o dia a dia das pessoas”.
(*Com informações do G1)
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