A partir de agora, todos os municípios do Paraná podem aderir a estratégia de controle da Aids. A Secretaria de Saúde do Estado está disponibilizando a oferta do autoteste de HIV para todas as cidades que manifestarem interesse. A informação foi reforçada nesta semana para as 22 Regionais de Saúde, serviços públicos e entidades que atuam com acolhimento, monitoramento e tratamento da infecção. Assim, o objetivo é ampliar o acesso ao diagnóstico da doença.
De acordo com o secretário da Saúde, Beto Preto, essa expansão de estratégias de prevenção ao HIV é uma recomendação da Secretaria com base em orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. “Assim, a oferta do autoteste representa mais descentralização de serviços e a meta é alcançar mais pessoas ainda não diagnosticadas pela doença”.
ORGANIZADO
Além disso, a Secretaria passou a descentralizar a oferta recentemente. Para a liberação do insumo, o município deve estar organizado para o serviço que, além da distribuição, prevê a orientação e acompanhamento de pessoas que venham a confirmar a infecção. Como o próprio nome diz, no autoteste a pessoa coleta a própria amostra (fluído oral ou sangue). Desse modo, é recomendado para as populações consideradas prioritárias inseridas nos segmentos mais afetados pela epidemia do HIV.
A chefe da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria, Mara Franzoloso, aponta que a principal orientação do processo ocorre na retirada do material. “Assim, indicamos outros exames e serviços capacitados para os reagentes positivos”. Mara também lembra que o mundo está vivendo duas pandemias.
“Sendo assim, temos a atual, do novo coronavírus, que em sete meses atinge cerca de 15 milhões de pessoas no mundo, e a pandemia da Aids, hoje chamada de epidemia concentrada. Ela está presente há 39 anos, com o registro de 35 milhões de casos e 35 milhões de óbitos”.
Neste momento, a Sesa recomenda aos profissionais da área que também alertem o público-alvo para a estratégias de prevenção de profilaxia pós-exposição e de pré-exposição ao HIV. São profilaxias dirigidas à pessoas que se expõem à relações sexuais sem uso de preservativo, pessoas em relacionamento sorodiferente, usuários de drogas e com episódios frequentes de outras infecções sexualmente transmissíveis. As ferramentas combinam o uso de medicamentos para prevenção e tratamento HIV/AIDS.
PRÉ-EXPOSIÇÃO
O Paraná tem hoje 675 usuários em PrEP, profilaxia de pré-exposição ao HIV. Entre 2018 e junho deste ano foram feitas cerca de 8 mil dispensações, envolvendo vários medicamentos ofertados pela rede pública. A proteção passa a fazer efeito entre 7 a 20 dias após o uso do medicamento.
Sendo assim, o objetivo da Secretaria da Saúde é expandir a PrEP para mais Regiões e municípios. Durante o primeiro semestre foi detectada uma redução em torno de 40% na busca pelos serviços em relação ao HIV/Aids.
PREVENÇÃO
Além disso, no início de 2020, no período de Carnaval, a Secretária de Saúde já vinha intensificando as medidas preventivas para as doenças sexualmente transmissíveis. Na época, foram distribuídos mais de 4 milhões de preservativos masculinos e 90 mil preservativos femininos. A distribuição ocorreu nas 22 Regionais de Saúde do Estado que deveriam repassar aos municípios.
Segundo Beto Preto, a maioria dos casos de infecção pelo HIV no país é registrada na faixa de 20 a 34 anos e o preservativo é o meio mais eficaz de proteção. “Dessa maneira, nossa preocupação com as doenças sexualmente transmissíveis como sífilis, HIV e hepatites é contínua junto a toda população atendida na rede estadual de saúde; mas, no período do Carnaval o foco é o jovem e o adulto”.
Além da distribuição de preservativos, a Secretaria promoveu atividades do Verão Maior, na Região Noroeste, por meio da 14ª Regional de Paranavaí e secretarias municipais de Porto Rico, Porto São José e Marilena.
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