Cristina Esteche (Fotos de Jonas Laskouski)
Guarapuava – Jardim das Américas e Loteamento Paz e Bem, na periferia da cidade. As duas localidades se fundem para abrigar famílias, em sua maioria, de baixo poder aquisitivo, que buscam a sobrevivência, recolhendo e vendendo lixo reciclável. Cada casa, terreno baldio, ou qualquer outro espaço ocioso se transforma em depósitos de tudo que é deixado de lado por muitos, mas que se transforma em dinheiro para poucos.
Esse armazenamento, porém, é um perigo à vista para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. “Eu faço a minha parte. Viro as latas com a boca para baixo, sempre estou vendo, cuidando. Mas os vizinhos não colaboram”, diz uma das moradoras. “O pessoal da Prefeitura está aqui uma vez por mês e nenhum foco foi encontrado. Mas há muito lixo acumulado”, diz outra moradora. As duas senhoras não quiseram ser identificadas.
Para limpar as duas localidades, equipes da Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava (Surg), das secretarias municipais do Meio Ambiente, Saúde e Obras, estão em mutirão, por determinação do prefeito Cesar Silvestri Filho (PPS). São quatro retroescavadeiras e oito caminhões que estão sendo utilizados na luta contra o mosquito e que ficam no Jardim das Américas e no Paz e Bem até este domingo (28). Depois seguem para outros bairros da cidade. A limpeza ocorre em terrenos baldios, depósitos de recicláveis e outros locais onde existem lixos acumulados. “Dentro dos terrenos particulares só limpamos quando o dono nos pede. Muitos não deixam entrar”, disse um dos funcionários da Surg à RedeSul de Notícias.