Mutirão promovido pelos fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na última semana enviou 678 autos de infração para execução. Lavrados, em sua maioria, em 2008 e 2009, os autos somam mais de R$ 10 milhões em multas. A maior parte é de origem florestal, e muitas das infrações foram lavradas ao Incra por desmatamento em assentamentos, resultado de invasões em propriedades privadas no Estado.
O objetivo foi zerar o passivo de autos lavrados pelos funcionários do IAP e que iriam perder a validação, comprometendo o cumprimento das legislações federal e estadual.
Participaram das deliberações 12 fiscais do Departamento de Fiscalização Ambiental da sede e dos escritórios regionais do Litoral, Guarapuava, Ivaiporã, Irati, Ponta Grossa, Maringá, Londrina, Toledo, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.
Novos mutirões estão previstos até que os passivos de autos de infração sejam zerados em todos os escritórios, como já aconteceu na regional de Francisco Beltrão, onde 50% das multas já foram recolhidas e as demais estão sendo cobradas dos infratores.
O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, alerta que as pessoas que já foram autuadas pelos funcionários da instituição ou pela polícia ambiental procurem o órgão para tentar a redução ou o parcelamento da multa.
“Depois de 10 dias dos autos publicado nos editais de notificação o autuado não terá mais opção de parcelar a multa ou tentar fazer o acordo para reduzi-la com a prestação de serviços para recuperação do dano. Dessa forma, o autuado terá de pagar o valor total do auto, com as custas do processo de juros corrigidos”, explicou.
Todos os autos de infração deliberados neste mutirão e nos escritórios regionais estarão disponíveis, nas próximas semanas, no site www.iap.pr.gov.br . No endereço eletrônico é possível realizar a consulta e emissão de boleto para pagamento. As multas inferiores a R$ 7 mil poderão ser parceladas no próprio site, em até 12 vezes, facilitando assim o pagamento. Acima deste valor é necessário procurar o escritório regional mais próximo para pedir o parcelamento ou desconto à vista.
O presidente do IAP destacou o empenho dos ficais em realizar uma força tarefa para deliberar os autos. “Trata-se do reconhecimento do trabalho dos ficais que, muitas vezes, chegam a lugares inacessíveis para verificar se o meio ambiente está sendo respeitado. O trabalho deles é essencial para a preservação da biodiversidade do Estado”, concluiu.