Da Redação
Prudentópolis – Enquanto os números de casos confirmados de dengue no Paraná estão diminuindo, em Prudentópolis eles dobraram em um mês. Os números foram divulgados no final da tarde dessa terça feira (24) pela Secretaria de Saúde do Paraná. De acordo com o “Boletim da Dengue”, Prudentópolis tem 10 casos confirmados da doença, sendo nove autóctones (contraídos no próprio município) e um importado. Além disso, o município tem 39 casos notificados, que estão sendo analisados.
No final de abril, Prudentópolis tinha cinco casos da doença confirmados. (LEIA AQUI SOBRE O ASSUNTO). O aumento da doença no município põe em alerta a população, que está preocupada com a ineficiência das medidas adotadas pela Secretaria de Saúde do Município para combater o mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika vírus.
NO PARANÁ
Pela primeira vez, desde o início deste período epidemiológico da dengue, iniciado em agosto de 2015, nenhum município entrou em epidemia no Estado. No novo informe técnico divulgado nessa terça (24) pela Secretaria estadual da Saúde, foram confirmados 2.622 novos casos da doença, 766 a menos do que na semana anterior.
“Neste período epidemiológico, é a primeira vez que o número de municípios com mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes se manteve. As notificações também estão reduzindo gradualmente”, explica o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Raul Bely.
Conforme divulgado na semana anterior, o Paraná contabiliza 74 municípios em epidemia. O número total de casos no Estado é de 48.104. Também foram confirmados cinco novas mortes por dengue no Paraná em Assaí (1), Londrina (2), Pérola D’Oeste (1) e Francisco Beltrão (1).
“Apesar do número de confirmações de novos casos estar caindo, a mobilização não pode parar. Temos que combater a dengue o ano inteiro, principalmente nas regiões endêmicas da doença”, diz a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide Oliveira.
A superintendente destaca a importância de que toda população vistorie, pelo menos uma vez por semana, o ambiente em que vive à procura de recipientes que acumulam água. “Os ovos do Aedes aegypti podem permanecer por mais de um ano à espera de água para eclodir, por isso é importante eliminar recipientes que podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya”.
Os casos de chikungunya passaram de 66 para 68, sendo apenas cinco autóctones, ou seja, contraídos no próprio local de residência e os outros 63 importados. Os casos de zika foram de 288 para 296, dos quais 193 são autóctones e 103 importados.
O número de gestantes infectadas pelo zika vírus também se manteve em 27. Até agora, sete delas já tiveram os bebês, em Colorado (5), Paranavaí (1) e Rancho Alegre (1). Não foram identificadas anormalidades neurológicas em nenhum deles.