O fim de semana continua sendo marcado por uma ‘avalanche’ de postagens de candidaturas majoritárias e também aos legislativos municipais. A única notícia que nesse sábado (18) conseguiu ‘engolir’ a campanha nas redes sociais, tratou da morte do ícone da comunicação brasileira, o empresário e apresentador Silvio Santos. No mais….. tudo na mesma como era previsto para o período da campanha eleitoral.
‘Repaginados’, com ‘over dose’ de correções faciais no ‘photoshop’, muitos candidatos e candidatas, surgem com sorrisos largos, como nunca observado antes. Recurso bom para a auto-estima. Eu mesma adoro um filtro na hora de fotografar. Mas resta saber se essas ferramentas contribuem para a conquista do voto do eleitor. Tenho visto candidatos e candidatas, que em duas pontas simultâneas, não parecem ser a mesma pessoa. Na foto, ‘divinos (a) e maravilhosos (a). No vídeo, de ‘cara limpa’ é um contraponto.
E como diz o especialista no setor Zeca Honorato, em entrevista à ‘Redação Start’, o pior marketing é aquele que ‘muda’ o candidato. Ou seja, ajustes, adaptações, caem bem para criar uma marca pessoal forte, mas agora ‘forçar uma barra’, tentar mostrar um perfil que foge à autenticidade do candidato, é ‘pra acabá’.
“EMOÇÃO”
E mais uma vez pego carona do que Zeca Honorato dia. “O voto vem da emoção, e muito pouco da razão. Portanto, mais do que fazer, como eu já disse, é preciso ser. E entender que as redes sociais são canais de entretenimento. É preciso ter um time, mesmo a campanha de vereador mais modesta, porque hoje não há mais espaço para achismos. É profissionalizar ou morrer na praia”.
Zeca Honorato compartilha uma metodologia criada, chamada ‘Triângulo da Influência’. Nessa metodologia é possível compreender que mais do que ter uma boa reputação (que cá pra nós, é uma obrigação e não diferencial), é preciso que o candidato seja um influenciador. Ou seja, é necessário que ele tenha a capacidade de persuadir e convencer as pessoas. E nesse quesito, o dom da oratória, o carisma, são diferenciais.
JOGOS VORAZES
Conforme o especialista, a estratégia baseia-se no tripé Intenção, Ação e Conexão. Segundo ele, intenção é propósito, é mostrar para as pessoas o que move e motiva um político. Ação são os problemas que ele efetivamente resolve na vida das pessoas. E Conexão é a forma humanizada de se comunicar.
“Como eu sempre tenho dito, não basta fazer, é preciso ser. Eis a questão! Hoje em dia, a personalidade de um político é tão ou mais importante do que a competência dele. Portanto, todo candidato tem que saber se comunicar criando conexão e empatia com as pessoas, e isso inclui técnicas como o ‘storytelling e os gatilhos mentais”. Hummmm.. trata-se da habilidade de contar histórias através da persuasão.
E como os ‘marqueteiros de plantão’, devem saber, há uma diferença entre marketing político e marketing eleitoral. Então, os ‘jogos vorazes’ começaram. E que vença o melhor! Jargão, né?
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