O diretor presidente da Surg (Companhia de Urbanização de Guarapuava), Fernando Diamiani contestou as informações divulgadas pelo Sindiurbano (Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná) de que a Prefeitura ignorou proposta para reposição salarial feita pela categoria. “Não pode haver contraproposta se não houve nenhuma proposta”.
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De acordo com Damiani, em meados deste ano houve uma reunião entre sindicalistas e o prefeito Cesar Silvestri Filho. “Eu os levei na Prefeitura para apresenta-los ao prefeito após a decisão de que o Sindiurbano representaria os servidores da Surg”. A sindicalização dos servidores aconteceu por exigência do Ministério Público. “Fomos notificados de que os servidores teriam que se sindicalizar porque a Surg possui mais de 200 funcionários. O prefeito disse que queria tudo dentro da legalidade. A intenção inicial era a criação de um sindicato de Guarapuava as o processo é demorado e houve a opção pelo sindicato de Curitiba”.
Segundo Damiani, na conversa entre os dirigentes do Sindiurbano e o prefeito ficou certo de que em janeiro de 2014, quando houver o reajuste anual do valor do salário mínimo, os assalariados da Surg terão um percentual acima do índice do governo. “Desde que assumimos os servidores já tem ganhos. Hoje a coleta de lixo, que são os que mais reclamam, ganham em média R$ 1099,20 fora as horas extras”. Esse valor é resultado da soma do salário (R$ 678) mais 40% de insalubridade e mais R$ 150 de bolsa alimentação instituída na atual gestão. “Em agosto colocamos em prática o Plano de Cargos e Salários que estava defasado desde 1999. Ainda foi concedido reajuste de 15% ao quadro da Prefeitura, enquanto a coleta de lixo não obteve nada.
Damiani, porém, admite que há sobrecarga de trabalho. “Por falta de funcionários a expediente pode chegar até 10 horas por dia, mas há o pagamento de horas extras”. Ele anunciou que já estuda a oferta de concurso público para aumentar o quadro efetivo e lembra que os servidores receberam uniformes e equipamentos de segurança no trabalho.
Uma assembleia agendada para às 18 horas desta quinta feira na sede da Associação dos Servidores da Surge decidirá se haverá greve ou não. A data para o começo no caso de uma decisão positiva é o dia 10 de dezembro.