22/08/2023
Geral Guarapuava

"Não sou mais um louquinho gritando sozinho no deserto", afirma Vitor Hugo

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Da Redação

Guarapuava – O ex-prefeito de Guarapuava, Vitor Hugo Burko, quebrou o silêncio e apresentou sua versão para uma multa emitida pelo IAP pelo período em que foi presidente do Instituto Ambiental do Paraná e de ações movidas contra ele pelo Ministério Público do Paraná. (LEIA MAIS AQUI SOBRE O CASO).

Em visita à redação da RSN, Burko afirmou que está em curso uma estratégia para desmoralizá-lo, para que as suas críticas ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná e à Assembleia Legislativa percam o efeito e caiam em descrédito junto à opinião pública.

“Em 2002, apresentei uma denúncia sobre uma funcionária registrada de forma ilegal na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. A partir de então, houve uma espécie de ação conjunta do MP, do TCE e da Assembleia para desqualificar as minhas críticas. Mas eu nunca me calei. No início eu era sozinho nas críticas aos três órgãos, mas com o passar dos anos mais e mais pessoas também passaram a questionar as ações deles. Hoje posso afirmar que não sou mais um louquinho falando sozinho no deserto, pois a própria população está vendo de que forma os três órgãos são conduzidos e que muitas ações são exageradas, como esse caso da minha multa pelo tempo em que estive no IAP”, afirmou o ex-prefeito.

As criticas de Vitor Hugo ao MP e ao TCE-PR lhe renderam um capítulo no livro “Operação Sepulcros Caiados”, escrito pelo delegado Claudio Marques Rollim e Silva. Em seu livro, o delegado critica, entre diversas situações, o foro privilegiado e questiona a atuação do Ministério Público. De acordo com ele, os delegados de polícia ainda em 2014, antes da Operação Lava Jato, já se uniram para defender o resgate da credibilidade das autoridades. Claudio Marques se baseou nas críticas de Burko ao abuso de poder do MP para escrever um dos capítulos.

VEJA AQUI UMA ENTREVISTA DO DELEGADO, ONDE ELE FALA DO ABUSO DE PODER:

O ex-prefeito de Guarapuava afirma que a estratégia de tentar calá-lo não terá efeito. “Estou me defendendo de todas as denúncias e multas. Estou de cabeça erguida e com a certeza de que estou no caminho certo. Acredito que o momento pelo qual o País passa é muito importante e também o MP, o TCE e a Assembleia Legislativa precisam passar por esta nova realidade. Hoje, a população começa a entender a orgia entre os três poderes e uma mudança urgente nessa situação deve acontecer. Se eu tivesse me aquietado, algumas verdades estariam escondidas. Não me calei e não me calo com estas arbitrariedades”, concluiu Burko.

Cristina Esteche

Jornalista

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