Da Redação
Guarapuava – O presidente da Câmara de Vereadores de Guarapuava, João do Napoleão, foi protagonista nessa segunda feira (15) de uma polêmica entre o Legislativo e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Visivelmente irritado, Napoleão criticou um ofício enviado pela Universidade, assinado pelo chefe de gabinete da reitoria, Marcio Fernandes, pedindo espaço para que o reitor Aldo Nelson Bona se pronunciasse na Tribuna. No pedido, Fernandes sugeriu o próximo dia 29 de maio para a presença do reitor.
Após a leitura do ofício, Napoleão afirmou que a Câmara não poderia aceitar imposição de data e que se o reitor tem os seus compromissos, o Legislativo também tem. “A Câmara não é a casa da mãe da Joana, onde todos podem falar quando quiserem. Temos um trâmite a seguir e o reitor será convidado de acordo com a disponibilidade desta Casa”, esbravejou Napoleão.
A posição do presidente da Câmara chegou a ser questionada pelos vereadores Elcio Melhem, Professora Terezinha e Maria José, que entenderam que não havia problemas com a sugestão da data da Unicentro para a explanação do reitor.
Napoleão também criticou a forma como foi elaborado o ofício pela Unicentro, com, segundo ele, erros nas formas de tratamento. “Peço ao professor doutor Márcio que ao oficializar esta Casa use o tratamento adequado à presidência, como Vossa Excelência”, enfatizou o presidente.
ENTENDA O CASO
A irritação de Napoleão se deve pelo fato dele ter sido um dos autores do requerimento convidando o ex-prefeito Vitor Hugo Burko para falar sobre a doação do terreno do Exército para a Unicentro (onde atualmente está construído o Cedeteg). Em seu discurso, proferido no último dia 08 de maio, que durou mais de duas horas, Vitor Hugo teceu duras críticas à Unicentro e à reitoria. Também questionou a falta de investimentos e os altos salários pagos pela instituição para o quadro de professores.
A intenção do reitor Aldo Bona, é, além de falar sobre a atual realidade da Unicentro, também utilizar a Tribuna da Câmara para se defender dos ataques de Burko.
Com a recusa de Napoleão à data sugerida pela Unicentro, o reitor Aldo Bonna deverá aguardar a boa vontade da presidência da Câmara para que um espaço para seu pronunciamento de defesa seja cedido.