22/08/2023


Cotidiano Paraná

Nem sempre são onças que matam animais em propriedades rurais

Mas para evitar pânico entre os moradores, o IAT está fazendo orientação de como agir em caso de aparecimento de um onça

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Para evitar pânico entre moradores, o IAT está fazendo orientação caso apareça uma onça (Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST/IAT)

Nem sempre o aparecimento de animais mortos em áreas rurais pode estar ligado a presença de onças. Mas quando alguns animais começam aparecer mortos, a população fica com medo. Porém, a maioria dos casos de morte dos rebanhos ocorre por desnutrição, doenças e causas naturais.

De acordo com um estudo publicado pelo ICMBio em 2011, apenas entre 1% e 2% das cabeças de gado são perdidas em média, por ataques de grandes felinos. O estudo aponta ainda que em situações de abate alguns animais podem ser mortos por cães asselvajados, e não por onças.

Desse modo, para tranquilizar a população, o Instituto Água e Terra (IAT) possui equipe especializada de técnicos ambientais. Conforme a bióloga Tauane Ribeiro, a equipe investiga casos de possíveis ataques a rebanhos e animais domésticos.

“Felinos de médio e grande porte evitam áreas de sítio e cultivos, mas, devido à redução de habitat por causa do desmatamento, queimadas, avanço agrícola e urbano, e também à redução de alimentos, à caça e ao tráfico desses animais, eles se veem forçados a buscar alimentos nas áreas de rebanho”.

ORIENTAÇÕES

Animais de rebanho mais fracos, velhos e doentes devem ficar afastados e protegidos, por serem presas fáceis. É possível instalar cercas elétricas para auxiliar no afugentamento das onças. Outra orientação é não caçar animais para manter o equilíbrio ecológico da Região.

A caça, captura ou perseguição de onças é proibida por lei federal (9.605/88) de proteção à fauna silvestre, sob penas que vão de prisão domiciliar até multas que podem chegar a R$ 5 mil.

COMO PROCEDER

A recomendação é que o proprietário entre em contato com o IAT e forneça maior quantidade de dados possível, como fotos de vários ângulos da carcaça. O material é importante para a identificação e para que os técnicos possam agir conforme o caso.

Ao encontrar fezes e pegadas nas proximidades, o IAT orienta para que o morador envie fotos com objetos de referência ao lado, que ajudam verificar o tamanho dos vestígios. Na suspeita de onça espreitando pela Região, a orientação é não disseminar rumores antes da confirmação do órgão.

Se houver confirmação da presença do felino na Região, os moradores devem evitar andar sozinhos, em especial à noite. Além disso, as crianças não devem ficar desacompanhadas. Luzes acesas do lado fora da residência ajudam a afugentá-las.

AO ENCONTRAR UMA ONÇA

De acordo com o IAT, se encontrar uma onça tente manter a calma e se afaste lentamente sem dar as costas e nem se abaixar. Caso ela comece a se aproximar, é possível levantar os braços e fazer barulhos bem altos, para parecer maior e tentar assustá-lo.

Caso esteja dentro de um veículo, feche as janelas e espere o animal ir embora sozinho. É importante ressaltar que são raros os casos de ataques de onças. Por fim, envie vídeos e fotos ao IAT, junto com a localização. E ainda faça contato com o Batalhão da Polícia Ambiental pelo telefone 181.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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