22/08/2023
Brasil Cotidiano

‘Ninguém e nada interferirá na Justiça Eleitoral’, diz Fachin

O presidente do TSE disse ainda que 'quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia' e afirmou que país terá eleições limpas

Edson Fachin

O ministro Edson Fachin, do STF, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Antonio Augusto/Secom TSE)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse quinta (12) que o país terá eleições limpas e que “ninguém e nada interferirá” na Justiça Eleitoral. Ele disse ainda, num trocadilho com as Forças Armadas, que quem cuida das eleições são as “forças desarmadas”.

Fachin deu as declarações durante visita à sala do tribunal onde ocorrem testes de segurança nas urnas eletrônicas. Conforme ele, “quem vai ganhar as eleições é a democracia. Nós vamos diplomar os eleitos e isso certamente acontecerá. Há muito barulho, mas esse tribunal opera com racionalidade técnica”.

País e sociedade agradecem. Vamos ter dia 2 de outubro, o Brasil terá eleições limpas, seguras, com paz e segurança. Ninguém e nada interferirá na Justiça Eleitoral. Não admitirmos qualquer circunstância que impeça o brasileiro de se manifestar”.

Fachin tem feito nos últimos dias o contraponto às tentativas do presidente Jair Bolsonaro de, sem provas, levantar suspeitas sobre a confiabilidade das urnas. Apesar de autoridades repetirem diariamente que as urnas são seguras e de o próprio Bolsonaro já ter admitido que não tem elementos para apontar irregularidades, o presidente da República persiste na estratégia de criar suspeitas sobre o processo eleitoral.

Questionado sobre essa postura de Bolsonaro, Fachin respondeu que quem atenta contra o processo eleitoral está, na verdade, agindo contra a democracia. “Não mando e não recebo recado de ninguém. A afirmação é muito nítida. Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia”.

Além disso, Bolsonaro chegou a sugerir que as Forças Armadas façam uma apuração paralela dos votos. Sobre esse ponto, Fachin disse que aceita colaborações, mas que a palavra final é da Justiça Eleitoral.

Quem trata de eleição são forças ‘desarmadas’ e, portanto, dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral.

O presidente do TSE disse ainda que a Justiça Eleitoral não vai se dobrar a quem quiser tomar as rédeas das eleições. “A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que seja tomar as rédeas do processo eleitoral”.

TESTES

Esta atual fase de testes busca corrigir falhas encontradas na etapa de novembro. Nenhuma dessas, porém, de acordo com o tribunal, são graves a ponto de comprometer a legitimidade da contagem de votos. Atuam nos testes diversos especialistas em tecnologia da informação, que tentaram acessar o sistema das urnas, a fim de identificar possíveis falhas de segurança.

De acordo com o tribunal, os testes encontraram cinco falhas. Agora, o objetivo é mostrar que as vulnerabilidades se resolveram. Ao todo, 26 investigadoras e investigadores inscritos colocaram em prática 29 planos de ataques ao sistema. Destes, 24 não conseguiram ultrapassar nenhuma barreira de segurança.

O TSE colocou à disposição dos participantes computadores, urnas, impressoras, ferramentas e insumos no terceiro andar do edifício-sede da Corte Eleitoral, em Brasília. Os investigadores tiveram acesso aos componentes internos e externos do sistema da urna, os empregados para a geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.

(*Com informações do Portal G1)

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Antunes

Jornalista

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