Do site da Veja
Londres – O nível de ameaça de terrorismo na Inglaterra continuará como “severo”, disse a primeira-ministra britânica, Theresa May, nesta segunda (05). May disse ainda que os ataques de sábado que deixaram sete mortos e 48 feridos em Londres, foram um ataque ao mundo livre. Medidas de segurança adicionais foram postas em prática, incluindo em diversas pontes no centro de Londres.
“JTAC, o centro independente de análise de terrorismo conjunto, confirmou que o nível de ameaça nacional continua severo, o que quer dizer que um ataque terrorista é muito provável”, disse a primeira-ministra à rede BBC após uma reunião do comitê de emergência do governo. “É claro que, infelizmente, as vítimas tinham diversas nacionalidades. Esse foi um ataque contra Londres e contra o Reino Unido, mas também foi um ataque contra o mundo livre”.
Na noite deste domingo (04) o grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria dos atentados. O comunicado foi divulgado pelo Telegram e sua veracidade não pôde ser comprovada. Junto à nota da agência, foi publicada uma montagem fotográfica em que aparece a London Bridge e um homem com uma faca ensanguentada sobre a qual se pode ler em inglês, francês e árabe: “Vingança. Não há compromissos… na segurança dos muçulmanos”.
No sábado, três homens atropelaram com uma van os transeuntes na famosa London Bridge, antes de descer do veículo e esfaquear várias pessoas no Borough Market, em uma área de bares e restaurantes ao redor do mercado. A polícia matou os três homens oito minutos depois de receber o primeiro alerta sobre o incidente.
Um dia depois, a primeira-ministra disse que “basta” e que “nós não podemos e nem devemos fingir que as coisas podem continuar como estão”. Ela afirmou que o país enfrenta “uma nova forma de ameaça”, na qual os autores dos atentados copiam uns aos outros. “O terrorismo alimenta o terrorismo e os autores passam ao ato não com base em complôs cuidadosamente preparados, e sim copiando uns aos outros e utilizando os meios mais rudimentares”, disse May em Downing Street após a reunião.
(Com agência Reuters)