No Paraná, ar condicionado se torna instrumento de segurança

Da redação

O verão de 2015 já quebrou recordes de calor ao redor do país. As altas temperaturas têm levado muitas pessoas a buscarem todas as maneiras possíveis para se refrescar, desde comprar ventiladores ou aumentar a frequência para consumir bebidas e outros alimentos refrescantes.

Em Marilândia do Sul, cidade localizada no norte do Paraná, aparelhos de ar condicionado estão sendo utilizados como um equipamento de segurança. Presos da cadeia da cidade receberam um refresco neste verão com as celas equipadas com os equipamentos que melhoram a temperatura do ambiente. A instalação dos aparelhos foi aprovada e recebeu o apoio de várias entidades, que veem na medida uma maneira de reduzir o risco de fugas e rebeliões.

Superlotação ainda é problema

Construída há mais de 30 anos, a cadeia de Marilândia do Sul tem apenas duas celas e sua capacidade é para abrigar, no máximo, oito presos. No entanto, atualmente ela conta com 22. Com as fortes ondas de calor que atingem a cidade, as portas da carceragem precisavam ficar abertas para ajudar na ventilação, o que era considerado um grande risco.

De acordo com o depoimento de Jaime Antônio, presidente do Conselho de Segurança de Marilândia do Sul, para o G1, houve uma preocupação para que os cidadãos não pensassem que o investimento fosse um gasto do dinheiro público para dar conforto a “criminosos”. Ele ressaltou ainda que é uma questão de segurança.

Condições dos presos

O Conselho de Segurança é a entidade responsável por monitorar as condições das pessoas detidas na cadeia e foi o responsável pela iniciativa tanto da compra quanto da instalação do ar condicionado na cadeia. A decisão foi tomada depois que comprovada a superlotação e a falta de ventilação no local.

Não existe lei que defina ou proíba a instalação dos aparelhos, mas o Ministério da Justiça se mostrou a favor da decisão. Os equipamentos foram comprados com o dinheiro adquirido com o pagamento de multas e outras punições.