22/08/2023
Economia Paraná

No Sul, Paraná lidera valor agregado na indústria de transformação

Paraná, em nível nacional, fica em terceiro lugar, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, segundo levantamento do IBGE

Saldo de empregos cai 71% em novembro (Foto: Arquivo/Portal RSN)

Paraná responde por 8,2% da produção do país (Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN)

A indústria de transformação do Paraná superou Santa Catarina e Rio Grande do Sul em termos de receita. Conforme a Agência Estadual de Notícias, ocupa a primeira posição no Sul do Brasil. E, ficando em terceiro lugar em nível nacional, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

Os dados constam no levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A base está no chamado Valor Adicionado Bruto (VAB), índice utilizado para calcular o valor de cada setor da economia e que difere do PIB apenas por desconsiderar os impostos.

O segmento é responsável pela transformação de matéria-prima em um produto final ou intermediário a ser novamente modificado por outra indústria. Os materiais, substâncias e componentes usados são provenientes de produção agrícola, mineração, pesca, extração florestal e produtos de outras atividades industriais.

De acordo com os dados econômicos consolidados, de 2020, o VAB da indústria de transformação do Paraná somou R$ 67 bilhões, contra R$ 66 bilhões dos gaúchos e R$ 57 bilhões dos catarinenses. Além disso, demonstra uma tendência de alta constante, com um período de quatro evoluções seguidas desde o 4º trimestre de 2021, período em que 47 mil novos trabalhadores ingressaram na indústria de transformação. Com isso, o Paraná representa atualmente 8,2% do total de trabalhadores brasileiros na indústria de transformação, apesar de contar com apenas 5,7% da população do País.

PESO DA ATIVIDADE

Conforme o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Marcelo Curado, o setor desempenha um importante papel para o desenvolvimento econômico regional. Conforme o Ministério do Trabalho e Previdência de 2021, em alguns municípios, o peso da atividade manufatureira ultrapassa 70% do total de empregos formais. Santo Inácio foi o que registrou a maior proporção, com 82,97% de trabalhadores no setor, seguido por Matelândia (80,34%), Jaguapitã (70,84%) e Jussara (70,79%).

Estudos do IBGE também apontam o peso crescente da indústria na geração de empregos no Paraná. De acordo com o instituto o número de pessoas ocupadas chegou a 948 mil no terceiro trimestre de 2022. Isso corresponde a 16% do total dos 5,9 milhões de paranaenses empregados. O número é o maior da série histórica do IBGE, cuja análise foi iniciada há 10 anos. O índice supera a maior marca até então, de 946 mil trabalhadores no 3º trimestre de 2014.

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Cristina Esteche

Jornalista

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