O Prêmio Nobel de Física foi concedido hoje (7) aos pesquisadores Isamu Akasaki e Hiroshi Amano (Japão) e Shuji Nakamura (Estados Unidos), pela invenção do díodo eletroluminescente (LED), anunciou o júri em comunicado.
Os consagrados foram reconhecidos pela descoberta dessa tecnologia, que permite uma economia significativa de energia.
“A invenção foi revolucionária”, considerou o júri, para quem “as lâmpadas incandescentes iluminaram o século 20; o século 21 será iluminado pelas lâmpadas LED”.
Os três pesquisadores produziram raios brilhantes de luz azul, a partir de semicondutores, no início da década de 1990, desencadeando transformação fundamental na tecnologia de iluminação, de acordo com o júri do Nobel.
Antes, já existiam diodos vermelhos e verdes, mas sem a luz azul, não podiam ser criadas lâmpadas brancas. Criar o LED azul foi um desafio que se arrastou por três décadas.
“Eles tiveram sucesso onde todos falharam”, destacou o júri, acrescentando que “com o advento de lâmpadas LED, temos agora alternativas mais duradouras e mais eficientes do que antigas fontes de luz”.
As lâmpadas LED emitem luz branca brilhante, têm longa duração e usam muito menos energia do que as lâmpadas incandescentes criadas por Thomas Edison no século 19.
Por terem necessidade de eletricidade muito baixa, as lâmpadas LED podem ser ligadas à energia solar, barata e local, uma vantagem para mais de 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo que não têm acesso à rede de eletricidade.
Os pesquisadores vão partilhar o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (o equivalente a 883 mil euros).
No ano passado, o Nobel de Física foi atribuído ao britânico Peter Higgs e ao belga François Englert pela descoberta da “partícula de Deus”, responsável por dotar de massa todas as partículas elementares.
Como é tradição, os cientistas receberão o prêmio durante cerimônia em Estocolmo, no dia 10 de dezembro, data da morte do fundador do prêmio, Alfredo Nobel, em 1896.