22/08/2023


Brasil Economia Guarapuava

Nova política econômica desperta confiança de empresário de Guarapuava

“As empresas querem colaborar com o país e eu não acredito num Estado grande, protecionista”, diz Maurício Hyzcy

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Maurício Hyczy (Foto: Reprodução/Facebook)

A agenda liberal defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) desperta a confiança da classe empresarial que passou a acreditar na retomada do crescimento do país. De acordo com o diretor-superintendente do grupo Superpão em Guarapuava, Maurício Hyzcy, o Brasil tem um grande potencial de crescimento que pode ser viabilizado desde que não haja interferência do Estado na economia. “Isso é muito prejudicial e nos últimos anos isso só cresceu no Brasil”.

Hyczy se refere aos altos custos de impostos, excesso de burocracia, entre outros fatores.

Se não houver medida de desoneração e de redução do Estado as empresas terão muitas dificuldades. Porém, o novo governo inspira confiança e fico feliz em ver essa perspectiva de um novo tipo de pensamento. Eu nunca vi um cenário com tanto otimismo e acredito muito nos governos estadual e federal.

No entendimento de Hizcy, a linha “mais dura” que está sendo implantada por Bolsonaro, o cuidado com a coisa pública, a atenção à segurança, às medidas contra a sonegação, o combate à corrupção, é um cenário diferente e “nem chega perto daquele em que estávamos até o final do ano passado”.

Para o empresário guarapuavano, entretanto, com a eleição de Bolsonaro, o Brasil tem uma outra realidade.

O Brasil amadureceu, as pessoas acordaram, a inversão de valores está sendo revista e isso gera uma nova perspectiva. Eu nunca acreditei no Brasil e até agora não tinha visto uma mudança tão grande. Essa é uma verdade inegável.

Na visão de Maurício Hyczy, em conversa mantida com o Portal RSN, a política econômica do superministro Paulo Guedes, dará uma guinada de 180 graus na economia brasileira. O chamado “estado provedor”, aquele que prioriza ajudar os mais pobres a partir de recursos obtidos por meio da cobrança de impostos para custear programas governamentais e benefícios sociais, dará lugar a uma  ideologia contrária, ou seja, a de que estado não deve intervir nas relações econômicas que existem entre indivíduos, classes ou nações.

“Vivemos numa região de baixo IDH [Índice de Desenvolvimento Econômico] e isso é muito ruim, atrapalha, nivela por baixo porque dificulta o desenvolvimento”. Segundo Hyczy, poucas medidas foram tomadas para reverter esse quadro. “As empresas querem colaborar com o país e eu não acredito num Estado grande, protecionista”.

A visão do empresário vai ao encontro da promessa de campanha de Jair Bolsonaro, de mais Brasil e menos Brasília. O que se traduz justamente no processo de liberalização da economia, com privatizações e descentralização.

Só a redução da intervenção do Estado aliada à confiança na capacidade de transformação que as forças produtivas podem promover o desenvolvimento econômico e também o social colocarão o país numa nova realidade.

Cristina Esteche

Jornalista

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