Dois projetos do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) em Ponta Grossa, cidade que abriga a mais nova unidade de negócios do instituto, devem começar a dar os primeiros resultados ainda neste ano. Em cooperação com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o Tecpar opera o Laboratório de Produção de Medicamentos (Lapmed) e coordena pesquisas realizadas no Laboratório de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da universidade.
O Lapmed, cuja estrutura, no campus Uvaranas da UEPG, foi incorporada no ano passado pelo Tecpar, passa atualmente pela elaboração do projeto de adequação da infraestrutura. O Tecpar já contratou a empresa responsável pela elaboração do projeto executivo e até o final do ano deve licitar a obra, prevista para começar em 2016.
De acordo com a coordenadora técnica do projeto de adequação do laboratório, Elis Esmanhoto, o Lapmed formalizará o ingresso do Tecpar na produção de medicamentos sintéticos e poderá atender a demanda de clientes públicos por esses produtos.
“Trabalhamos para adequar a estrutura do laboratório para fornecer produtos ao Ministério da Saúde e às secretarias de Saúde, considerando que o Tecpar pode suprir a demanda por medicamentos de forma menos burocrática em relação às compras dos laboratórios privados”, explica Elis.
A readequação da infraestrutura do Lapmed leva em consideração a intenção do Tecpar de implantar no laboratório duas linhas de produção de medicamentos, uma de comprimidos e outra de cápsulas.
LABORATÓRIO MULTIUSUÁRIOS
Já o Laboratório de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental hospeda um grupo de pesquisa coordenado pelo Tecpar e UEPG. Pelo acordo firmado, o instituto modernizou o laboratório com equipamentos orçados em R$ 1,4 milhão, financiados pelo CNPq, para que as duas instituições possam desenvolver estudos científicos junto ao Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento de Dispositivos Médicos, Hospitalares e Odontológicos, formado por pesquisados de ambas as instituições.
O gerente do Tecpar Educação, Rodrigo Silvestre, responsável por coordenar as atividades educacionais relacionadas com o grupo pelo instituto, afirma que o laboratório tem equipamentos que o diferencia em todo o País, como o Arco em C. “O uso desses equipamentos por pesquisadores das duas instituições vai gerar conhecimento científico de alto nível. Os primeiros artigos produzidos pelo grupo no laboratório devem começar a ser publicados já neste ano”, ressalta.
Os equipamentos permitem ainda a transmissão de aulas e práticas operatórias via plataformas virtuais, com acompanhamento em tempo real por pesquisadores e alunos de outras instituições. “Trabalhamos na constituição do laboratório desde 2011 e planejamos torná-lo referência nacional junto a empresas e empreendedores que iniciam o processo de registro de um dispositivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, pontua o coordenador do Tecpar.
O diretor-presidente do Tecpar, Júlio C. Felix, coordenador do Grupo de Pesquisa pelo instituto, salienta que a mais nova unidade de negócios do instituto em Ponta Grossa reforça o compromisso da instituição com a interiorização das ações em pesquisa e desenvolvimento.
“O campus consolida nossa vocação como centro de pesquisa e desenvolvimento na área da saúde, com laboratórios que permitem produzir medicamentos para atender o Sistema Único de Saúde (SUS) e gerar conhecimento científico de importância internacional”, destaca.
TECPAR
Com 75 anos no mercado, o Tecpar está presente em cinco cidades paranaenses: em Curitiba, com a sede na Cidade Industrial e o campus Juvevê; em Araucária, com a unidade que compõe, junto com o campus CIC, o Parque Tecnológico da Saúde; em Jacarezinho, onde está o Parque Tecnológico do Norte Pioneiro; em Maringá, com três laboratórios; e em Ponta Grossa, no campus da UEPG.