22/08/2023
Brasil Política

"Nunca recebi dinheiro da Odebrecht", diz Richa sobre lista de Janot

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Por Narley Resnede, Mariana Ohde e Francielly Azevedo do Paraná Portal

Curitiba – O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que foi citado na lista de Janot, negou nesta quinta feira (16) ter recebido qualquer recurso da Odebrecht, empreiteira investigada na Operação Lava Jato. Além de Richa, na lista também aparecem entre os governadores citados, os nomes de Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo; Renan Filho (PMDB), de Alagoas; Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais; Tião Viana (PT), do Acre  e Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro.

A lista com 83 pedidos de abertura de inquérito contra políticos com foro privilegiado foi entregue na terça (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e é baseada nos depoimentos de 77 executivos da empreiteira. que têm acordo de delação premiada na operação.

Não foram informados, ainda, detalhes sobre as acusações envolvendo Richa. “Estou contratando um advogado para que possa ter acesso a esse processo e o conhecimento dos fatos nos quais eu fui citado. Da minha parte, desconheço o contexto que levou a inclusão do meu nome nessa lista da Procuradoria-Geral da República”, disse o governador.

“Eu estou absolutamente tranquilo, confio plenamente na Justiça. E sou o maior interessado em que isso seja profundamente, detalhadamente, o mais rápido possível, investigado. E acredito, que assim como vários outros citados já tiveram seus processos arquivados, o meu terá o mesmo destino”.

DINHEIRO DA ODEBRECHT 

Beto Richa negou o recebimento de recursos da Odebrecht ou empresas ligadas à empreiteira. “Não temos nenhuma doação. Nós temos um comitê financeiro que, em todas as campanhas, legalmente constituído. Pessoas autorizadas por mim, que fazem parte desse comitê, são as únicas que podem fazer captação de recursos para campanhas eleitorais. Tudo dentro da lei. Todas as doações com origens lícitas. E sempre prestadas contas, declarado na nossa prestação de contas e aprovado pela Justiça Eleitoral”, disse, ressaltando que o comitê tem pleno conhecimento da legislação.

“Quero dizer que, em todas as campanhas, sempre fui muito cuidadoso com isso. As últimas prestações de contas, inclusive, merecendo reconhecimento pelo detalhamento pelo Tribunal Regional Eleitoral”, afirmou. As investigações referentes aos governadores devem ficar a encargo do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

Cristina Esteche

Jornalista

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