*Matéria atualizada para remoção de informação à pedido.
Texto por Cristina Esteche
O ano termina marcado, principalmente, por tragédias que chocaram a sociedade de Guarapuava e região. Uma delas, a morte do deputado estadual Bernardo Ribas Carli, causa uma influência direta no cenário político local. Pré-candidato a prefeito e com possibilidade de sentar na cadeira principal do executivo a partir de janeiro de 2021, Bernardo deixa Guarapuava orfã.
No grupo carlista, agora sob a liderança do ex-prefeito Fernando Ribas Carli, as apostas são no seu nome. Porém, informações de dentro do grupo apontam para o advogado Samuel Ribas de Abreu, filho da chefe regional da Secretaria da Família, Maria do Carmo Abreu. O mesmo clã desponta o vereador Anderson Marcelo de Lima, o Marcelinho. Os dois tentam conquistar adeptos e buscam popularidade nos bairros e no interior do município. Em último caso, a Câmara de Vereadores continua sendo a opção secundária.
Na base governista, a expectativa é de que o prefeito Cesar Silvestri Filho assuma um cargo no primeiro escalão do governo de Ratinho Júnior. Enquanto isso, dois nomes são cogitados para a sucessão. O prefeito em exercício, que é vice-prefeito e secretário de Obras e de Turismo, Itacir Vezzaro, é o nome natural nesse processo. Porém, encontra resistência em segmentos de peso, como alguns vereadores, mas como o que conta é o voto, o contrapeso está no interior onde Itacir possui sinal verde, já que trabalhou durante anos na Emater e foi secretário de Agricultura até pouco tempo atrás.
Paralelamente, o Grupo Mattos Leão, hoje aliado à base situacionista, se mantém na condição de observador. O empresário Leonardo Mattos Leão, que já foi candidato a prefeito, não confirma, mas também não descarta essa possibilidade. Ainda do mesmo grupo, filiado ao PSB, o vereador Rodrigo Crema tenta emplacar o seu nome. Na onda bolsonarista, tenta um mergulho no PSL, desde que seja ele o candidato majoritário, segundo informações de uma das lideranças do partido do presidente Jair.
Entretanto, uma terceira vertente, a classe empresarial, tem se reunido constantemente em busca de uma nova opção que faça frente aos grupos políticos tradicionais. Mais uma vez, o empresário Maurício Hyczy desponta, porém, é uma possibilidade remota, levando em consideração tentativas anteriores. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), Claudemar Mazzochin, seria uma alternativa. Empresário com uma visão futurista, com vasta experiência em planejamento estratégico, conciliador, e um foco voltado ao desenvolvimento regional e inserções de influência na política do sudoeste paranaense, Mazzochin, embora diga que não, pode muito bem surpreender.
Mas por enquanto, tudo navega nas ondas das especulações e de braçadas para ver quem consegue chegar à praia. O ano pré-eleitoral está chegando e muita coisa ainda pode acontecer. Por enquanto, vamos tentando preencher também o vazio deixado pelo ex- deputado Cezar Silvestri, que tinha o seu peso no grupo político puxado pelo PPS, assim como a deputada Cristina Silvestri. Afinal, a substituição natural já começou a acontecer. Só resta agora que os nomes sejam colocados e o eleitor saiba escolher.