22/08/2023

O Brasil perde Carlos Heitor Cony

Jornalista e escritor estava com 91 anos de idade

cony

Carlos Heitor Cony (Reprodução/portal da imprensa)

A falência múltipla de órgãos provocou a morte do jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, por volta das 23h dessa sexta feira (05), aos 91 anos. Ele estava internado desde 26 de dezembro no Hospital Samaritano, no Rio. Em 1º de janeiro, foi submetido a uma cirurgia no intestino com complicações.

A morte de Cony deixa uma lacuna no jornalismo e na literatura nacional. Ele iniciou sua atividade profissional em 1950, e teve uma atuação nos principais jornais e revistas do país. Ele era considerado também um dos maiores escritores brasileiros. Ganhou diversos prêmios e, desde 2000, era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).

É autor de 17 romances, como “O ventre” (1958), “A verdade de cada dia”, “Tijolo de segurança” e “Pilatos” (1973), uma de suas obras-primas. Depois deste último, passou mais de 20 anos sem publicar nenhum outro romance, quando lançou “Quase memória” (1995). A obra, que vendeu mais 400 mil exemplares, rendeu o Prêmio Jabuti, assim como “A casa do poeta trágico” (1996).

Cony também escreveu coletâneas de crônicas, volumes de contos, ensaios biográficos, obras infantojuvenis, adaptações e criou novelas para a TV. Foi comentarista de rádio, função que exerceu até o fim da vida, na CBN.

O presidente da ABL, Marco Lucchesi, determinou três dias luto. O presidente Michel Temer, entre outras autoridades, também lamentou a morte do jornalista e escritor, definido pelo presidente como um dos mais cultos e preparados pensadores nacionais

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.