22/08/2023

O Dia D para a Saúde

Esta quarta feira (14) será decisiva para a sucessão na chefia da Secretaria Municipal de Saúde em Guarapuava. Uma reunião entre o vereador Edony Kluber (PSD) e o secretário Stefan Wolanski Negrão pode ser a “batida de martelo” para a transferência do vereador da Câmara para a secretaria. Edony já tem as bênçãos do prefeito Cesar Filho para assumir o cargo. Formado em administração pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), ex-diretor da Companhia de Serviços Urbanos de Guarapuava (Surg), ex-secretário executivo e de administração do Município, ex-presidente da Câmara de Vereadores, Edony se acha apto a comandar uma das secretarias mais problemáticas da administração.

A questão da saúde no País é complicada e em Guarapuava não é diferente.  A dualidade que permeia o sistema, em que serviços privados rivalizam com a universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS), estaciona na própria ineficiência. Tanto um, como outro, estão contaminados pela avaliação negativa por não atenderam as demandas dos usuários.

Uma pesquisa  do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), divulgada recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a maior reclamação estaciona na  demora para o atendimento em serviços de urgência e o período de espera para uma consulta médica, além da necessidade de contratação de mais especialistas, no atendimento de urgência e emergência e nos centros e/ou postos de saúde.

Quem está doente quer atendimento eficiente; preocupação que se estende aos familiares. É uma necessidade urgente que envolve centenas de pessoas no dia a dia, quer seja em Guarapuava ou em outro lugar do Brasil.

Há duas correntes que tratam da ineficácia na área. Uma que defende o aporte maior de recursos e outra que diz se tratar de problema de gestão. Acho que as duas estão com a razão. Na gestão do secretário Stefan Negrão, na Saúde de Guarapuava, dados importantes tiveram avanço como a redução dos índices de mortalidade materno infantil, a reforma e ampliação em 12 unidades de saúde, por exemplo. Edony Kluber herda obras prontas para serem inauguradas, outras para serem iniciadas como o Hospital Regional, o Centro de Especialidades, a nova sede da Vigilância Sanitária. Porém, também recebe os ônus de  um quadro pessoal dividido politicamente, só para citar um dos grandes desafios do novo secretário.

Inaugurar obras pode somar politicamente, mas é na gestão que reside o tubo de oxigênio para um paciente que há décadas está na UTI.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo