22/08/2023

O eco das ruas

Tem razão o deputado federal Angelo Vanhoni (PT) quando disse à Rede Sul de Notícias que o Brasil mudou desde junho de 2013. Mas eu faço uma observação dizendo que os brasileiros mudaram a partir do momento em que acordaram e foram à luta. Como virou jargão, as vozes das ruas estão sacudindo políticos que entedem e estão abertas a essa mensagem. Vamos tomar como exemplo um fato doméstico que mereceu as atenções da RSN pela importância da postura. Antes de ir a Alemanha o prefeito, hoje licenciado, Cesar Filho, anunciava que a sede do Centro Sócio Educativo, o educandário, para ser mais precisa, já tinha área destinada e que a Prefeitura escolheu um terreno na Vila Feroz. Os moradores do local se levantaram. Alguns impulsionados pea oposição que aproveitou o embalo, outros por pura conscientização política. O resultado? Cesar Filho ouviu a comunidade e recuou. Preferiu que área continuasse sendo destinada à uma escola e vai escolher outra para o educandário.

No cenário nacional, a presidente Dilma também está ouvindo as vozes da população e anunciou que vai reunir gestores municipais para debater o transporte público, uma das maiores reivindicações dos brasileiros. E que não é de hoje. Nesse setor, Guarapuava também já está à frente. Provocada por movimentos sociais, a Câmara fez uma audiência pública e agora, em parceria com a comunidade organizada, dá sequência aos estudos sobre custos e lucros gerados pelo transporte público.

Parece que finalmente a sociedade percebeu a força que tem, uma vez que esteja unida. E olha que não é de hoje que se bate na mesma tecla e que conclama a soma de esforços. Esses dois exemplos citados são apenas alguns num universo de outros exemplos que temos em Guarapuava, como é o caso do campus da Universidade Tecnológica Federal.

É claro que se faz necessária tem força e abertura política para que as coisas aconteçam. Isso também passa pela força da sociedade que deve exigir dos líderes públicos. Afinal, não são eles os "funcionários"( embora vips) do povo?

Que a sociedade continue mobilizada, que as vozes não se calem e que os políticos entendam que os tempos mudaram e que as urnas podem ser seus maiores algozes. Com a palavra, a população.

Cristina Esteche

Jornalista

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