22/08/2023

O FIM DA HUMANIDADE

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Na seara da espiritualidade há muito se vem falando do processo de degeneração do nosso planeta, da perda de sentido e valores da humanidade e da insanidade religiosa que se alastra como um câncer, estimulando o egoísmo e a ganância.

A perda do sentido de existir está nos tornado seres depressivos, tristes e agressivos. As catástrofes naturais, frutos de séculos de degradação e abuso dos recursos sem preocupação com a sustentabilidade, e as tragédias que se multiplicam pela supremacia do monstro capitalista ou do demônio do fanatismo – que está por desencadear a 3ª e definitiva guerra mundial – não são filmes de ficção.  

A fantástica tecnologia que tem nos conectado, sem fronteiras, e permitido que tenhamos acesso a milhões de informações, ideias e opiniões numa velocidade incrível também se traduz no avanço da alienação humana, na perda do toque, do abraço, da convivência. Somos seres cada vez mais isolados, embora pareçamos tão coletivos virtualmente.

Olho para minha neta Chloe e meu olhos marejam. Que mundo é esse em que ela vai crescer? Torço para que ela seja uma dessas almas que venha trazer alento ao mundo, ao invés de se perder de vez no mundo dos jogos virtuais – onde nossos jovens têm buscado fuga da vida real – ou nas ilusões das aparências e das futilidades que tornaram as pessoas lindas e ricas por fora e infelizes e pobres por dentro.

Mariana e Paris: nosso Rio Doce e nossa Cidade Luz, símbolos de um mundo em arruinação, símbolos de nosso torpor. Estamos impactados, mas vamos continuar nossas vidas, pois estamos vivos e eles mortos. E sabemos que, no Brasil, os melhores advogados vão minimizar os prejuízos da grande Vale, que já tinha tirado da marca o “doce rio”, talvez por não se importar com ele, por saber que um dia iria destruí-lo de vez, junto com as vidas sem valor do povo, dos animais, de toda a natureza afetada por milhares de quilômetros além.

Na França, os atentados vão marcar a história, mas o fanatismo não será vencido. Deflagrada está mais uma guerra de proporções inimagináveis. Talvez ela acabe rápido, mas acabe com tudo, no apertar de um botão. Já faz tempo que a humanidade está chegando ao fim e nós não sabemos mais o que fazer para reverter isso. 

Cris Kozovits

 

Cristina Esteche

Jornalista

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