O guardião do céu: conheça a história e legado de São Pedro

Seja para parar ou começar a chover, é para São Pedro que se deve rezar. Isso porque o santo homenageado neste domingo (29) pelo calendário católico é considerado o “guardião das portas do céu”, aquele que filtra o que entra e o que sai do céu.

Além disso, de acordo com a bíblia, Pedro foi o primeiro Papa da igreja. E o último dos três santos celebrados nas festas juninas, depois de Santo Antônio e São João.

HISTÓRIA

Pedro nasceu com o nome de Simão, em Betsaida, na Galileia, e trabalhava como pescador no Mar da Galileia. Foi Jesus quem lhe deu o nome de Pedro (em aramaico, Kefa, que significa “rocha”), através da passagem bíblica que diz “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Evangelho de Mateus 16:18 – Bíblia Sagrada). Segundo o historiador Jaroslav Pelikan, o novo nome simboliza a importância que Pedro teria na futura estrutura da Igreja.

Isso porque a Igreja Católica reconhece Pedro como o primeiro bispo de Roma e o considera o primeiro Papa de toda a história. Essa tradição se baseia na sucessão apostólica, que afirma que o Papa é sucessor direto de Pedro. Sendo assim, isso fica claro no Catecismo da Igreja Católica, que afirma que “o Senhor fez de Simão, a quem deu o nome de Pedro, e somente dele, a pedra da sua Igreja. Entregou-lhe as chaves dela” (cf. Mt 16,18-19).

De acordo com a Bíblia, o reconhecimento da importância de Pedro ocorre no céu. Em Mateus 16:19 menciona que ele é o “guardião do céu”. Isso está na passagem que diz “eu te darei as chaves do Reino dos Céus; tudo o que ligares na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu”. A essa mesma passagem se atribui o controle das chuvas e demais fenômenos climáticos geridos por Pedro lá de cima.

Além disso, Pedro aparece frequentemente como porta-voz dos apóstolos nos Evangelhos. Ele foi um dos primeiros a reconhecer Jesus como o Messias e também presenciou momentos cruciais, como a Transfiguração e a Última Ceia. Apesar de seu papel de líder, Pedro também mostrou a fragilidade humana, como quando negou Jesus três vezes antes da crucificação.

LEGADO

Todo esse legado reflete até hoje nos costumes dos fiéis. No Brasil, as comunidades ribeirinhas e litorâneas celebram São Pedro, padroeiro dos pescadores, em festas populares. Elas marcam a Festa de São Pedro com procissões marítimas e homenagens ao santo. E nas festas juninas, muita comida típica e as tradicionais quadrilhas.

Leia outras notícias no Portal RSN.