22/08/2023
Brasil Saúde

O inverno é a estação do chulé

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por Adriana Fernandez para a revista VIP

Você tirou os sapatos e uma catinga subiu dos seus pés? Imaginou isso acontecendo numa loja de calçados, por exemplo? O chulé tem um nome tão horrível quanto seu odor: bromidrose plantar. Ela ocorre quando bactérias contaminam o suor eliminado pelas glândulas apócrinas, que também estão localizadas em outros locais do corpo além dos pés, como axilas, região genital, ao redor dos mamilos e nocouro cabeludo.

"A secreção dessas glândulas contêm água e alguns sais, além de restos celulares e de metabolismo. As bactérias decompõem o material que foi expelido, provocando o cheiro ruim. E locais fechados, úmidos e sem ventilação favorecem a ação desses microrganismos", explica Cássio Hernandez, dermatologista do Hospital São Luís Anália Franco, na capital paulista.

Para evitar que o chulé atrapalhe sua vida, Ana Célia Xavier, dermatologista da rede de hospitais São Camilo, em São Paulo, aconselha dar atenção à higiene dos pés durante o banho e secá-los com cuidado. "Também é importante o uso de sapatos de couro e meias de algodão, que absorvem o suor, e evitar tanto calçados quanto meias de material sintético", diz.

Quando todas essas providências forem tomadas e, mesmo assim, o cheiro forte persistir, é hora de procurar orientação médica. "O profissional vai verificar se há infecção fúngica ou bacteriana e dar um tratamento adequado para o caso", afirma.

DETALHES SALVADORES

  • Lave os pés e entre os dedos com sabonete antisséptico, corretamente
  • Seque bem a região. Para eliminar toda a umidade, utilize um secador de cabelo na temperatura morna
  • Evite calçados e meia de material sintético
  • Se achar conveniente, aplique um pouco de talco, que tem poder secativo
  • Deixe os sapatos em um local ventilado após retirá-los
  • Não repita o uso das meias sem lavá-las

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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