A alta dos preços e a queda no poder aquisitivo têm sido desafios constantes para o Governo Lula e para os brasileiros, especialmente com o aumento da inflação, medido pelo IPCA. A escassez de insumos, a alta dos combustíveis e a desvalorização da moeda têm elevado o custo de vida. Conjunto esse que afeta, principalmente, as classes mais baixas. Nesse contexto, mesmo com as políticas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, a inflação reduz a eficácia dessas iniciativas. Isso porque, o valor transferido pelo governo cobre, cada vez menos, as necessidades básicas.
INTENÇÕES DE VOTOS
Esse cenário econômico tem refletido diretamente nas pesquisas de intenção de voto. A consulta mais recente, divulgada pelo Instituto Futura nessa quarta (26), mostra uma queda na popularidade do Presidente Lula. Em um cenário de segundo turno, conforme o Instituto, ele perde para o governador Ratinho Junior, com 37,2% contra 40,6% dos votos. Essa perda de força do presidente se reflete em diversas sondagens. A anterior, divulgada no fim de janeiro pelo Instituto Quaest, tinha como cenário o dólar em R$ 6 e, ainda, impactado da crise do Pix. O resultado foi péssimo para Lula, com o registro de desaprovação (49%) superior ao de aprovação (47%). Se esses números traduzem a realidade, ou não, é bom ficar em alerta.
Em busca de uma mudança, o governo anunciou medidas, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o uso do FGTS como garantia. Essas ações podem inverter a curva de popularidade de Lula. Mas se faz necessário também, e com urgência, corrigir as falhas de comunicação que ocorrem desde o início do governo.
NOVA PESQUISA
Novos dados serão revelados em breve. A pesquisa da Quaest, que vai às ruas neste fim de semana, irá medir a aprovação do governo. Além de captar a reação dos brasileiros a essas novas propostas, será um termômetro da percepção sobre as medidas tomadas recentemente. Mesmo porque economia, em um cenário marcado pela alta volatilidade do mercado, só deve surtir efeito a médio e longo prazo.
TERMÔMETRO APÓS STF
Ao mesmo tempo, a pesquisa servirá também como um termômetro após o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia contra o ex-presidente Bolsonaro e outras sete pessoas. Cá entre nós, ambos enfrentam desafios políticos profundos, mas em contextos diferentes. Se Lula luta para reconquistar a confiança da população diante de uma crise econômica e da perda de poder de compra, Bolsonaro agora tenta se desvencilhar das acusações legais que ameaçam a carreira política futura dele.
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