Basta ler comentários em redes sociais e em grupos de WhatsApp dos bairros da cidade para ver que a aprovação do aumento no subsídio dos vereadores caiu como uma bomba. Estou incluída em dezenas de grupos e confesso que não consigo acompanhar todos. Mas desta vez fiz questão de ler a maioria deles.
É tanta indignação e descontentamento que se a eleição fosse hoje, quero crer que a maioria que está na Câmara ia ficar a ‘ver navios’. Mas como a memória do povo é curta e ainda falta um ano para as eleições, a afirmação acima pode ficar pra trás.
Bom, o principal argumento dos vereadores é de que o último reajuste ocorreu em 2014. De lá para cá, apenas reposições do índice inflacionário. Tudo bem , mas que o percentual de 50% é grande, ah! isso é. E conversando com um vereador ainda tive que ouvir que é um “absurdo” um legislador ganhar “apenas R$ 7 mil por mês”. Quanto ganha mesmo uma pessoa que trabalha oito horas por dia, de sol a sol, ou debaixo de chuva?
Deixando o ‘lugar comum’ de lado, que o presidente da Mesa Executiva, Pedro Moraes foi corajoso, ah! isso foi. Afinal, uma década sem reajuste é porque outros presidentes ‘empurraram com a barriga’ a reivindicação dos ‘nobres edis’. E olha que a pressão sobre a presidência é grande. Mas Pedro Moraes encarou a medida antipopular com a ‘cara e a coragem’. Acatou e colocou o Projeto de Lei de autoria da Comissão de Orçamentos em votação. E quem aprovou? Os próprios vereadores, legislando em causa própria.
Mas é aquela coisa. Se tem que fazer, faz-se logo. Num passado muito próximo o recém prefeito Cesar Silvestri Filho nas primeiras horas de mandato reajustou os subsídios do secretariado. O povo chiou, mas logo esqueceu. E assim caminha a humanidade, gritando, mas abafando o grito logo em seguida. Que pena!
Leia outras notícias no Portal RSN.