22/08/2023
Geral

O prejuízo com a greve é incalculável, diz sindicalista

O prejuízo dos dias em que os caminhoneiros estão parados é "incalculável, não tem como medir". A afirmação foi feita pelo presidente do Sindicatos dos Caminhoneiros Autônomos de Guarapuava e Região, João Cavalheiro à REDE SUL DE NOTÍCIAS, na tarde desta quinta-feira (26). Desde às 14 horas os caminhoneiros bloquearam a BR 277 nos sentidos Guarapuava a Foz do Iguaçu e Guarapuava a Curitiba. Cerca de 500 caminhões formaram fila nesses trechos. Carros pequenos e ônibus tem passagem liberada. Às 17 horas os motoristas pretendem liberar o trecho para voltar a bloquear na início da noite. "Estamos nuam espécie de operação tartaruga porque fizemos um acordo com a Polícia Rodoviária Federal", disse João Cavalheiro. "Mas não importa o tamanho do prejuízo que vamos ter, o que importa é conseguir as nossas reivindicações proque prejuízos já estamos tendo", afirmou. De acordo com o sindicalista, o preço do frete está baixo, há muitos impostos e os juros dos cartões eletrônicos "estão matando". "Temos que pagar o Imposto de Renda que é 40% sobre líquido do caminhão na estrada". ou seja, sobre R$ 100 mil o caminhoneiro autônomo vai recolher uma alíquota de 27% sobre 40% do valor total. No caso do exemplo, sobre R$ 40 mil. "E tem mais: as transportadoras pagam com cartão eletrônico que cobra juros e esse juro é repassado para o autônomo. Hoje o nosso lucro não chega a 10% quando temos manutenção do caminhão, despesas na estrada e família para sustentar. Então, já estamos tendo prejuízo", diz. "Quando falamos isso nos perguntam o que estamos fazendo que não largamos esse negócio. Mas daí vamos fazer o que?" pergunta o sindicalista.

A greve que começou ontem, quarta-feira (25) não tem tempo para parar. "Só vamos parar quando tivermos uma proposta do governo. Temos notícias de que os deputados federais estão se mexendo em Brasília, mesmo porque os portos do país estão cheios de navios carregados que não podem descarregar as mercadorias porque não tem caminhão, disse João Cavalheiro.

Cristina Esteche

Jornalista

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