Nos últimos dias estamos nos deparando com notícias na área econômica, envolvendo decisões de Trump nos Estados Unidos. Por conta disso, a nova rodada de tensões entre China e Estados Unidos, com a imposição de tarifas de 34% sobre produtos americanos, pode até parecer um conflito distante. Mas os efeitos chegam até aqui. E o Brasil, mais uma vez, sente esse impacto no bolso e na balança comercial, conforme as análises econômicas.
Entretanto, de um lado, há uma boa notícia: o agronegócio brasileiro pode ganhar espaço. Se a China passar a comprar menos dos EUA, vai procurar outros fornecedores. E o Brasil surge como opção natural, principalmente quando o assunto é soja, carne e algodão. Isso pode aumentar o volume das nossas exportações, embora os preços não subam tanto assim.
Mas nem tudo são flores. A indústria brasileira pode sair prejudicada, já que a guerra comercial pressiona as cadeias de produção no mundo todo. Mesmo que o Brasil não exporte carros para os EUA, por exemplo, fornece motores e peças. E, claro que esses produtos também podem ser atingidos pelas tarifas.
Outro ponto importante é o dólar. Conforme especialistas, com a tensão no mercado internacional, os juros americanos tendem a continuar altos. Condição essa que valoriza o dólar e enfraquece o real. Resultado: importações mais caras, inflação mais difícil de controlar e impacto direto no dia a dia dos brasileiros.
Ou seja, o Brasil até pode se beneficiar em partes com esse conflito, mas isso não resolve nossos problemas estruturais. Seguimos dependentes da exportação de produtos básicos e vulneráveis às crises externas. O momento pede atenção e uma estratégia mais inteligente: diversificar nossos mercados, investir em tecnologia e fortalecer a indústria nacional.
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