O que é isso ‘companheira’?

A situação se complica quando se considera que, em junho de 2024, Terezinha havia votado a favor da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelecia o limite de 3% para esse remanejamento, justamente com o argumento de que os 17% eram excessivos e representavam um ‘cheque em branco’ para o Executivo. Ao votar favoravelmente pela manutenção do percentual de 17% na LOA, ela pareceu contradizer a posição que havia defendido anteriormente. Afinal, ela própria havia considerado esse percentual alto e, de fato, já havia aprovado uma proposta de limitação.

E outra pergunta que não quer calar: se a vereadora diz que anualmente apresentava emendas para a redução de 17% para entre 5% e 8%, por que entender que o percenutal de 3% é pouco, por que agora optar por aquele que considera mais alto? É claro que tentei, insistentemente, falar com a vereadora, mas sem êxito. Já Cris Wainer parece que não também não entendeu a atitude da colega.

PREJUDICOU A POPULAÇÃO

Esse movimento, que pode ser visto como incoerente do ponto de vista da trajetória política dela, também gerou impactos diretos nas emendas propositivas. Estas que direcionavam recursos para áreas essenciais à população. Ao rejeitar a emenda que corrigia o erro na LOA, Terezinha, sem oferecer explicações claras, acabou por derrubar emendas que beneficiariam a saúde, educação e outras áreas prioritárias.

Além disso, a decisão da vereadora gerou um cenário de desconforto dentro da própria bancada do PT. A companheira de partido, Cris Wainer (PT), votou de forma diferente, aprovando a emenda proposta. Essa dissidência entre as duas vereadoras do PT gerou especulações. Alguns questionando se Terezinha teria cedido à pressão política da base de apoio à Baitala. Embora essas especulações sejam, sem dúvida, infundadas, elas refletem um sentimento de estranhamento da base política. Especialmente em relação à postura da vereadora, considerando o histórico de militância e defesa dos princípios de esquerda.

DEU A VITÓRIA À BAITALA

O voto de Terezinha também foi interpretado como uma vitória para o prefeito Baitala. Isso porque , a manutenção dos 17% de remanejamento favorece o Executivo, sem a necessidade de passar pelo crivo da Câmara. Ou seja, além de tudo, retira o poder de fiscalização do Legislativo sobre a destinação do dinheiro público. Até onde sei, fiscalizar o Executivo é princípio básico do vereador e da vereadora.

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