22/08/2023

O trabalho que começou na Toscana e ganhou o mundo

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Cristina Esteche, com informação de Gen Rosso

Guarapuava – Para entender o trabalho do Gen Rosso, grupo que estará em Guarapuava, de 26 a 31 de outubro,  é preciso retornar no tempo. Tudo começou no final da década de 60, em uma pequena localidade das colinas toscanas, vizinha a Florença na Itália, chamada Loppiano com 900 habitantes de 70 países do mundo.

 Por causa de sua originalidade, Loppiano, tornou-se um forte centro de convergência para milhares de pessoas e para recepcioná-las formou-se um grupo. As boas vindas eram dadas com canções e danças. Foi exatamente aquela primeira formação artística que no Natal de 1966, Chiara Lubich, fundadora do Movimento Focolares, os presenteou com uma guitarra e uma bateria vermelha (rosso). Eram os anos da contestação dos jovens, do pacifismo, da beat generation e o nome Gen (Geração Nova), se adequava perfeitamente na onda da novidade que caracterizava aquele período. Daqui o nome do grupo: Gen Rosso.

Poucos instrumentos, um par de amplificadores e grande entusiasmo foram os principais instrumentos. Dez depois, na década de 70, o grupo começa a viajar pelo mundo aprendendo e aperfeiçoando-se. O show era um mix de expressões musicais de diversas origens – uma “etno-música” – várias coreografias e prenúncios de dança moderna.

De acordo com matéria publicada no site do grupo, a característica dos anos 80 foi a aventura. “Aos poucos se delineava um perfil direcionado à opera-rock. “Para mudar a história” –  o fruto mais maduro daquele período, pedra fundamental na evolução estilística do Gen Rosso”. Um musical de estilo pop-rock com a primeira apresentação em um “templo” dedicado à lírica, a Arena de Verona (Itália).

Já nos anos 90 o Gen Rosso iniciou a sua trajetória no rock, passando do teatro para os ginásios, às praças públicas e aos estádios. As canções passaram a ser compostas compostas de maneira mais direta, as guitarras e a rítmica aos poucos se tornaram protagonistas. Os concertos, mesmo afrontando temas como o racismo, tráfico de armas, a paz, as grandes migrações, a busca para um significado do sofrimento, terminavam inevitavelmente em uma grande festa.

Em 2000 o Gen Rosso estréia com “Streetlight – the Musical”, baseado em uma história real advinda em 1969. É a história de Charles Moats, um rapaz afro-americano que vivia em um gueto negro de Chicargo. É também a história de Jordam, namorado de Lisa essa irmã de Trey – chefe de uma gangue que tem o controle do bairro onde vivem todos. Charles, integrante da Streetlight Band, desejava através da música, propor um ideal de paz e de fraternidade. São idéias estas que revolucionaram a vida de Charles ao ponto de assumir conseqüências extremas pra ele e o seu amigo Jordan.

Uma estrutura narrativa moderna e cenografia urbana. Hip-hop nas coreografias e um crossover musical que não se intimida em aventurar-se entre rock e blues, entre melodias e rap, tango, música africana e céltica. É a maior produção com a qual o Gen Rosso já trabalhou. É um pouco dessa história que o guarapuavano vai poder conhecer.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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