(i) NÃO QUEIRA TER RAZÃO nisso ou naquilo. Queira, humilde e sinceramente, conhecer a verdade.
(ii) TROCAMOS, HOJE EM DIA, os preciosos tesouros que enriquecem a nossa alma por bugigangas eletrônicas de valor duvidoso e, fazemos isso, de modo similar aos índios de antanho com seus espelhinhos e miçangas.
(iii) QUE LULA TENHA, aqui e acolá, pessoas que o defendam, pessoalmente, não tenho nada contra. Não mesmo. Que todo cabra defenda o que bem entender. O juízo é de cada um e a consciência também. O que é difícil de compreender é que alguém o idolatre como se ele fosse uma espécie de deidade imaculada, sem pecado algum, como, aliás, certa feita a viva alma mais honesta dessas plagas havia dito de si.
(iv) NÃO HOUVE UMA ÚNICA GRANDE tragédia humana (genocídios e democídios) que não tenha sido perpetrada com boas intenções, não houve um só morticínio em massa que não tenha sido realizado em nome duma utopia, em nome dum mundo melhor. Em regra, todo monstro imagina que está fazendo um grande bem para as suas vítimas.
(v) BOM-MOCISMO, CEDO OU TARDE, sempre acaba descambando em genocídio. Cedo ou tarde.
(vi) NOSSO SENHOR DISSE QUE DEVEMOS amar uns aos outros como Ele nos amou, mas Ele não disse que devemos permitir que, toda ordem de canalhas, nos façam de otários sem o menor pudor.
(vii) O COLETIVISMO É O ÚLTIMO REFÚGIO dos canalhas da mesma forma que o individualismo é o primeiro esconderijo dos covardes.
(viii) TODO CANALHA POLITICAMENTE ENGAJADO faz da fogueira de futricas e maledicências o tribunal de primeira e última estância de sua deformada consciência.
(ix) O PASSADO DE UM HOMEM FALA MUITO a respeito dele. Muito. Mas muitíssimo mais que seu passado, o que ele faz com seus ditos e feitos pretéritos conta-nos que tipo de pessoa ele pretende ser. Que tipo de pessoa ele, de fato, é.
(x) HOJE, MAIS DO QUE NUNCA, DEVEMOS ter muita atenção a tudo o que nos chega através dos meios de comunicação; de todos eles, pois, no quesito informação, uma boa dose de prudência e paciência, tal qual caldo de galinha, nunca fez mal a ninguém. Nunca mesmo.
(xi) TODOS NÓS SABEMOS QUE NA FALA de muitos indivíduos, de muitíssimos, há uma não tão clara intenção ideológica, mas isso, em si, não é um complicador tão grave como muitos supõem.
O enrosco, em meu ver, não está no odor ideologizado que está presente na boca de Sicrano ou Beltrano, mas sim, no fato de que muitas vezes existe uma intenção deliberada de mentir, de falsear a realidade dos fatos, que é muitíssimo mais danosa que uma mera crença ideológica de araque.
E, tal encrenca, não se explica simplesmente analisando os pressupostos ideológicos deste ou daquele discurso, mas sim, confrontando-se o dito, ou o escrito, com os fatos mesmos para, desse modo, protegermo-nos contra as artimanhas sombrias dos mais variados e sujos jogos linguísticos que infectam a sociedade contemporânea.
Porém, todavia e, entretanto, não podemos nos esquecer que nós também devemos, necessariamente, ter uma sincera intenção de conhecer a realidade e não apenas de encobrir um engodo que repugnamos com uma farsa que simpatizamos, pois, se procedermos assim, estaremos apenas trocando seis ovos podres por meia-dúzia de ovos chocos.
(xii) QUANDO UM SUJEITO EXIGE O TAL do respeito ele já está dando claríssimos sinais de não ser digno do dito cujo. Por essas e outras que todo o cretino que exige a dita cuja da consideração, ao mesmo tempo em que se esconde nas sombras do tal foro privilegiado, não é merecedor de respeito algum.