22/08/2023


Geral

Ocepar é contra prorrogar contratos

Da Redação

A Ocepar – Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná -, por decisão unânime de sua diretoria, posiciona-se contrária à extensão das atuais concessões no estado.

A entidade defende que a melhor estratégia é aguardar o fim dos atuais contratos, em novembro de 2021, para então realizar nova licitação que garanta preços mais baixos, investimentos e melhores serviços.

Depois de encerrados os compromissos com as atuais concessionárias, uma nova licitação poderá ser realizada, atraindo mais empresas interessadas. Com mais concorrentes e novos parâmetros para serviços e preços, os dirigentes do cooperativismo acreditam que haverá melhores chances de serem fechados contratos mais favoráveis ao interesse da população. No entendimento dos líderes, desde que foi implantado, em 1997, o pedágio nas rodovias paranaenses causa prejuízos ao setor produtivo, travando a competitividade dos produtores e das cooperativas do estado. 

Para os representantes do cooperativismo, os valores das tarifas do pedágio no Paraná excedem em muito ao que é praticado em recentes concessões em outras rodovias do país, e o histórico de mudanças contratuais excluindo a exigência de duplicações de pistas, torna injustificável qualquer tentativa de extensão dos atuais contratos no estado. Segundo o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, a posição da instituição está em sintonia com o entendimento do setor cooperativista.

Koslovski pondera que o custo elevado do pedágio compromete a competitividade do agronegócio paranaense e reduz a renda no campo, com reflexos para a economia estadual. “Para haver equiparação nos custos de pedágio no Paraná em relação às concessões realizadas em outras rodovias no Brasil, a redução das tarifas deveria ser, em média, de 70%”. Ele cita  dados de um estudo realizado pela Ocepar. “O preço médio nacional (automóveis) para cada 100 km percorridos é de R$ 3,41, enquanto no Paraná, no Anel de Integração, chega a R$ 11,05 para cada 100 km”. 

Cristina Esteche

Jornalista

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