22/08/2023



Cotidiano

Oferta menor que demanda serve de estímulo para produção de madeira

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Pinhão – Produtores rurais de Pinhão assistiram na noite de ontem (11) a uma palestra sobre Difusão Tecnológica Agrossilvipastoril, que integra lavoura, pecuária e floresta. O engenheiro agrônomo de Londrina, Pedro Frâncio Filho, foi o palestrante que abordou questões sobre produtos originados de florestas e o mercado da madeira. Também foram apresentadas algumas das técnicas mais utilizadas no mercado atual, visando aumentar a produtividade.
Segundo o engenheiro, a madeira é o segundo produto na pauta de exportações do Paraná, perdendo apenas para soja. “Pensar em floresta é pensar em longo prazo e por isso mesmo é um bom negócio. O investimento é alto, mas o retorno de cada real investido é certo”. Palavra do especialista acostumado a prestar consultoria a grandes empresas da área.
O potencial desse mercado pode ser medido mesmo em tempos de crise. Segundo o engenheiro, até 2011, as grandes corporações do setor planejam investir R$ 11 bilhões na produção. E até 2015, serão mais R$ 10 bilhões. “Para florestas sempre haverá demanda”, ressaltou. Estatísticas mostram que a oferta de madeira de pinus e eucalipto – as variedades mais comuns das florestas comerciais – não acompanham o crescimento da demanda.
Para entrar no mercado o agricultor precisa estar atento ao melhor modelo para sua propriedade. A escolha de mudas de qualidade aliada à tecnologia de implantação resultará em florestas homogêneas e boa produtividade. Tudo com planejamento.
Além disso, segundo o especialista, integrar produção de madeira com outra atividade agropecuária implica em adotar um sistema de gestão na propriedade, sempre baseado no tripé ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. “A partir dessa gestão o produtor passa a ter mais oportunidades”, explicou.
O encontro foi promovido pelo Sindicato Rural de Pinhão. O presidente Geraldo Ferreira de Almeida, disse que o objetivo do encontro foi proporcionar aos agricultores uma oportunidade de terem informações de como podem aproveitar, e até ter lucros com a Reserva Legal que a lei exige que eles preservem em suas propriedades.

Na foto o presidente do Sindicato, Geraldo Almeida que aproveitou para também assistir a palestra.

Cristina Esteche

Jornalista

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