22/08/2023

Onde estão as crianças?

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Lays Pederssetti

Há algum tempo, assisti a uma reportagem sobre duas irmãs gêmeas, de uns 8 anos de idade. A rotina delas incluía ir ao salão quase todo dia para fazer as unhas, arrumar o cabelo e dar uma de gente grande. A mãe das meninas, toda orgulhosa, exibia as unhas feitas das crianças que, também, já usavam calçados com um pouco de salto.

Na minha época, levando em conta que tenho quase 20 anos, o que não torna isso tão antigo, meninas tinham terra em vez de esmalte nas unhas, faziam “bolo” de barro, brincavam na chuva, jogavam bola, sujavam a roupa velha e eram crianças.

Hoje, não se sujam mais porque podem brincar, lutar e jogar no computador, tem mais de cem canais a disposição e por mais que não usem, tem um celular para ficar mexendo. Algumas meninas de 15 anos têm características, atitudes e vivem como se tivessem 20.

Onde estão as crianças? Seria um erro dos pais, uma nova geração, um novo conceito de criar os filhos?
Infância deveria ser a melhor fase da vida, quando não precisamos nos preocupar com o que os outros vão pensar das nossas atitudes, quando não precisamos fazer contas no final do mês nem ficar se preocupando com padrões de moda e beleza. Quando não importa o que você tem e sim com quantos amigos você vai brincar no fim de semana.

Crianças devem ser crianças. Depois disso, elas terão tempo o suficiente para pensar como adulto, agir como adulto e ser adulto.

(*) Lays Pederssetti é acadêmica do 2o. ano de jornalismo (Unicentro). Texto extraído do blog Gorpa CulT, parceiro da RSN.

Cristina Esteche

Jornalista

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