Rio Bonito do Iguaçu acordou com operação policial contra uma organização criminosa. Desde às 6h desta quinta (15), policiais civis do Paraná encontram-se em 19 municípios. De acordo com a polícia, a intenção é desvendar uma quadrilha que utilizava empresas de fachada responsáveis por fraudes em processos licitatórios. Conforme a polícia, em Rio Bonito do Iguaçu, um vereador está sendo investigado em licitação para a compra de peças em 2018.
De acordo com o delegado-chefe da 2ª Sub divisão Policial de Laranjeiras do Sul, Marcelo Luiz Trevisan, a ação está sendo coordenada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), de Foz do Iguaçu. “Apenas apoiamos a operação na nossa Região”. Conforme a PC, ao todo estão sendo 58 mandados de busca e apreensão. Entre os investigados, há servidores públicos e agentes políticos. Mais de 120 policiais participam da ação.
Conforme a Polícia Civil, após investigações de alta complexidade, ficou constatado que o grupo criminoso seria responsável por criar empresas de fachada. Os integrantes eram funcionários ‘laranjas’ e servidores públicos. Eles seriam responsáveis por fraudar processos licitatórios e causar prejuízos aos cofres públicos.
AS INVESTIGAÇÕES
As investigações tiveram início em março de 2019 para apurar as irregularidades na compra de peças de reposição de máquinas pesadas. Essas peças compõem a frota de veículos da Prefeitura de Missal. Entretanto, depois ficou constatado que os crimes estavam ocorrendo em outros municípios da Região Oeste. Durante as diligências, a PCPR constatou que havia o recebimento de peças como sendo novas. Assim como, o superfaturamento de preços e o pagamento de peças nunca entregues ou utilizadas.
De acordo com as investigações, há indícios de fraudes e acertos indevidos em licitações de 2017, 2018 e 2019. Os suspeitos são investigados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa.
Conforme a polícia, essa é a segunda fase da operação. Na primeira, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão. Na ocasião, a PCPR apreendeu diversos documentos que auxiliaram no andamento das investigações. Eram bilhetes de controle manual quanto ao pagamento de propina a diversos servidores e agentes públicos que mantinham contratos de venda de peças ou serviços para máquinas pesadas.
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