Próximo ao início de mais uma operação nacional para a garantia da segurança viária nas rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) alerta os motoristas sobre os riscos do uso inadequado do cinto de segurança. Na ‘Operação Proclamação da República’, que começa à meia noite desta quinta (14) e vai até 23h59 do próximo domingo (17), os policiais vão reforçar a fiscalização nas rodovias paranaenses quanto à utilização do equipamento, que é obrigatório para motoristas e passageiros.
Entre janeiro e setembro de 2024, o uso inadequado do cinto de segurança resultou em mais de 166,2 mil autos de infração no Brasil. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a PRF registrou 150,7 mil autuações relacionadas a condutores e a passageiros que não usavam o equipamento, o índice representa um aumento de 10%.
Apesar do aumento nas infrações, a PRF registrou queda no número de feridos e mortos em sinistro de trânsito e que não usavam o cinto de segurança. De janeiro a setembro deste ano, a polícia registrou 1.530 feridos e 569 mortos. No ano passado 2.154 pessoas se feriram e 736 morreram em ocorrências nas quais ficou constatada a ausência do cinto.
OBJETIVO DA OPERAÇÃO
Com a operação, a PRF tem o objetivo, não só de intensificar as fiscalizações e alertar motoristas e passageiros nas rodovias paranaenses, mas também de reduzir ainda mais o quantitativo de feridos e mortos que não faziam o uso do cinto – comprovadamente um equipamento que salva vidas. Em caso de colisão ou capotamento, o cinto impede que a pessoa seja arremessada contra as estruturas do veículo, outros ocupantes ou para fora. Além disso, se ajustado corretamente, o cinto minimiza os riscos de lesões, como as de coluna.
O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, incluindo para os que estiverem no banco traseiro. A desobediência à norma é uma infração de trânsito grave, prevista no artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A penalidade é uma multa de R$ 195,23 e a perda de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
OLHAR ELETRÔNICO
Em 2024, novas tecnologias de monitoramento estão ganhando espaço no esforço operacional diário da PRF. São dispositivos eletrônicos que ampliam a área de fiscalização e servem como binóculos modernos, permitindo ao agente enxergar ainda mais longe. Câmeras instaladas em pontos fixos, como postes ou estruturas das praças de pedágio, podem fiscalizar a conduta de não usar o cinto de segurança por meio do acompanhamento das imagens geradas.
Os policiais contam com o auxílio da inteligência artificial, que consegue identificar motoristas que passam sem o equipamento ou ainda fazendo uso do telefone celular. É uma das formas de fiscalização que vem sendo feitas na BR-324, na Bahia. O equipamento faz o alerta automático associado à placa do carro. Os policiais revisam a imagem e, se o agente confirmar a ausência do cinto de segurança, é gerado o auto de infração. A expectativa é de que a PRF espanda o modelo de fiscalização para outros estados.
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