Taís Nichelle
Filha de produtores rurais, Marina Pimpão Marcondes, aos 22 anos já se decidiu: quer viver a vida toda no campo. Quando questionada sobre a decisão, ela diz que encontrou na terra mais que apenas um estilo calmo de vida, descobriu uma oportunidade de crescimento profissional. “Desde os sete anos eu ajudo meus pais a tirar leite, plantar e colher milho e feijão. Eu gosto do que faço, não me imagino trabalhando em outro lugar que não seja no campo”, conta.
Marina casou, e hoje caminha seguindo os passos dos pais, cuidando de um alqueire de terra sozinha. “Eu tiro leite, faço queijos, realizo entregas, vendo meus produtos na Feira do Produtor Rural… São muitas as oportunidades para nós jovens, basta ter vontade de trabalhar”, diz ela, que vai na contramão dos seus colegas de geração. “Muitos jovens que conheço quiseram fazer uma faculdade e morar na cidade. Já eu, quero fazer faculdade de agronomia, mas voltar para a zona rural depois que me formar”.
Já no caso do José Maria Ribeiro, o processo de decisão foi diferente. Ele nasceu e cresceu na cidade. Por alguns anos, trabalhou como pedreiro. Cansado das poucas oportunidades que encontrou no perímetro urbano, hoje, aos 28 anos, decidiu tentar a sorte no campo. “Eu notei que meus parentes, que trabalham no campo, estavam bem melhores que eu. Então, surgiu a ideia. Há pouco tempo me mudei, agora estou buscando me aperfeiçoar e começar esse novo negócio, com o qual espero sustentar minha esposa e minhas duas filhas”, declara ele.