22/08/2023
Cotidiano

Oposição vai à audiência pedindo abertura judicial das contas do alvi-negro

Os grupos de oposição e da situação no Guarapuava Esporte Clube se encontram em mais uma audiência pública às 15 horas desta terça-feira (16), na 1ª. Vara Cível de Guarapuava. Esta será a segunda tentativa de conciliação entre as duas alas. O grupo oposicionista não reconhece a lisura nas eleições que conduziram o ex-vice-presidente Jorge Barreto à presidência por entender que houve irregularidades cometidas antes e durante a eleição. Uma delas, considerada a mais grave por ferir o estatuto da entidade, foi a diferença entre a lista de votantes que assinaram a ata e o número de votos nas urnas 725 votos contra 722 assinaturas). O resultado contraria o que diz o artigo 79 do estatuto que prevê a anulação da urna ou das urnas quando a contagem do número de cédulas da votação não coincidir com o número de votantes verificado pelo livro de assinaturas. Se o número de cédulas de votação superar o número de assinaturas do livro, implicará na anulação da urna ou das urnas em que o excesso se constatar.

Mas o grupo de oposicionista se mantém firme e diz que vai à audiência convicta de que deseja principalmente a prestação de contas judicial desde  junho de 2008 até  maio de 2011. “Não abrimos mão dessa proposta”, assegura Alcy Fogaça. Esta foi a opção dada pelos oposicionistas na primeira audiência para abrirem mão do pedido de anulação das eleições. O presidente eleito Jorge Barreto entregou a defesa por escrito à Justiça. Ele disse que a diferença entre as assinaturas e o número de votos foi por esquecimento de alguns associados, mas que no dia seguinte à eleição eles retornaram a assinaram a ata. O argumento é considerado frágil pelos oposicionistas que questionam em especial o pagamento feito a um escritório de advocacia durante processo de venda do estádio Lobo Solitário, mas passa também por contas rejeitadas e outras ainda não apresentadas para deliberação do Conselho Fiscal anterior.

O mesmo aconteceu com o orçamento do clube para 2011. De acordo com o ex-presidente do alvinegro Jacir Queirós, em relações às contas de 2008/2009 existe um parecer do Conselho Fiscal pela não aprovação por acusa do pagamento feito a advogada Thusnelda Schade De Laia no valor de R$ 146,7 mil, responsável pela transação da venda do Estádio Lobo Solitário ao Grupo Superpão. “Esse valor foi contratado e pago sem apreciação, sem aprovação deliberação”, insiste a oposição.

Cristina Esteche

Jornalista

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