Estamos vivendo uma fase onde buscamos constantemente heróis, pessoas que têm exemplo de vida ou de profissionalismo a serem seguidos.
Poucos sabem, mas vivemos (ou ouvimos) esses heróis constantemente.
A base da minha vida no ramo jornalístico foi o rádio. Iniciei em 1985, na Rádio Educadora, em Marechal Cãndido Rondon, numa época em que o meio mais tecnológico em atividade era o Telex. Nem fax simile existia.
Por isso, a análise que faço aqui é com conhecimento de causa.
Uso como exemplo um amigo que faz do rádio seu estímulo, sua vida: Heverton Luiz, da Rádio Esperança, em Prudentópolis.
Só quem vive o rádio sabe as dificuldades, as barreiras, os entraves, e mais dificuldades, e mais dificuldades que existem para levar as informações e transmissões aos ouvintes. Isso custa muito. E esse custo não é apenas financeiro, custa tempo da vida de cada um. O profissional do rádio abre mão de tempo com a família e com amigos. Não importa se está frio, chovendo, geando, fazendo calor. Não importa a distância e o perigo das rodovias.
Abrir mão de um tempo que poderia ser utilizado em muitas outras coisas é normal para profissionais como o Heverton.
Quem ouve o rádio só nota que algo está faltando quando o profissional se ausenta. Aí os ouvintes se dão conta da importância daquele trabalho.
O imediatismo do rádio não permite a ausência do profissional, que trabalha de segunda a segunda com uma única finalidade: informar e descontrarir a população.
A esse heróis, como o Heverton Luiz, rendo minhas homenagens.
Se as coisas não estão boas, estariam piores sem o trabalho profissional de pessoas como ele.
Ainda aguardamos o tempo em que o rádio e seus profissionais tenham o verdadeiro reconhecimento pelo seu trabalho.
Por isso, fazer rádio no interio do Paraná é muito mais que um trabalho, é uma vocação.